DISPUTA AO GOVERNO Debate entre João e Pedro não altera substancialmente desenho da eleição de 2º turno
Tenho a impressão, meu caro Paiakan, que o debate desta segunda (17/10), na Arapuan, não altera muito o desenho até agora traçado para o segundo turno, entre Pedro Cunha Lima (PSDB) e João Azevedo (PSB). Não houve um fato novo de proporções, durante o debate, capaz de mudar a temperatura da campanha.
O que está valendo, até agora, tem sido a movimentação de adesões, capazes de mobilizar eleitores em bolsões do Estado. Neste particular, Pedro partiu à frente, anunciando Veneziano Vital do Rego, Sérgio Queiróz, deputados e prefeitos. João veio em seguida, com prefeitos, deputados, e a manutenção do Republicanos (importante).
Essas movimentações, certamente, alteraram a geografia da disputa. E, pelo debate desta segunda, a percepção foi que pouco se alterou em termos de embate, com a esperada troca de farpas entre os candidatos, de pouco alcance bélico.
Pedro – O ponto alto da participação de Pedro foi quando afirmou: “João teve 12 anos pra fazer o que promete e não fez. Falta agilidade e senso de urgência. Quem está terminando um mandato tem que mostrar o que foi feito e não o que vai fazer. João fala que tem convênios com os hospitais filantrópicos, mas não fala que o valor do repasse é pequeno.”
E ainda: “O Hospital da FAP, em Campina, atende 95 mil pacientes por ano e recebe do Governo do Estado apenas R$ 300 mil por mês. É muito pouco, principalmente porque este governo gasta mais de R$ 200 milhões com aluguel de carro. Tem que fazer um corte nesse gasto e aumentar o valor para o hospital da FAP, que tem capacidade de atender 120 mil pacientes por ano.”
João – Já o governador, que se apresenta como candidato de continuidade de projeto, pontuou: “A Paraíba concentra aproximadamente R$ 10 bilhões de investimentos no setor de geração de energias renováveis e é por isso que os grandes centros de distribuição estão se instalando no nosso estado.”
E ainda: “Primeiro, pela nossa infraestrutura. Segundo, pelo investimento que estamos fazendo agora na dragagem do Canal do Porto, investindo R$ 95 milhões de recursos próprios do Estado para ampliar a capacidade do nosso Porto, tornando esse porto competitivo. Dragagem essa que já está sendo executada, para que possamos receber navios de maior porte. E assim, criar um ambiente para geração de emprego e renda muito maior. A Paraíba avança e vai avançar muito mais ainda.”