DISPUTA PELA PRESIDÊNCIA Decisão do Supremo põe fogo nas eleições de 2022 ao liberar Lula para ser candidato
O Supremo Tribunal Federal acaba de colocar o ex-presidente Lula na disputa pela Presidência em 2022. Aliás, meu caro Paiakan, Lula, na verdade, está “condenado” a entrar na disputa.
Ao referendar recente decisão do ministro Edson Fachin e anular todas as condenações contra o petista, o STF pôs fogo na disputa pelas eleições do próximo ano.
O Supremo, com sua decisão, declarou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar o ex-presidente, garantindo a manutenção dos direitos políticos do petista. Os processos, agora, devem ser remetidos para a Justiça Federal de Brasília (ou São Paulo).
Foi um placar elástico, de oito a três, num dia, inclusive, que pesquisas publicadas no País, parecem indicar grande viabilidade eleitoral da eventual candidatura de Lula.
Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Roberto Barroso e Rosa Weber votaram com Lula. Luiz Fux, Marco Aurélio e Nunes Marques votaram contra.
A decisão surte, como dito, dois efeitos óbvios: primeiro, o desmantelamento da Operação Lava-Jato e, depois, a concessão de salvo-conduto para o ex-presidente entrar na disputa pela Presidência, em 2022.
Resumo da ópera: Lula entra na disputa na condição de um condenado, reabilitado pela Justiça ainda que, eventualmente, os atos que levaram à sua prisão possam ser questionados por adversários.
Mas, tem o trunfo da vitimização a seu favor. Confirmada sua candidatura, será páreo duro para qualquer concorrente. Dificilmente não estará no 2º turno.