O governador João Azevedo (PSB), pelo andar da carruagem, não terá vida fácil para compor todos os interesses de sua base aliada na formação da chapa majoritária para 2026, meu caro Paiakan. Todos ambicionam comandar a majoritária e o embate entre Republicanos e Progressistas é mais do que visível. Hoje, há muitos risos quando se encontram, mas nada garante que não haja ranger de dentes até as urnas de 2026.
Há poucos dias, o deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) afirmou que, na possibilidade de João deixar o Governo para disputar o Senado, seu sobrinho, o vice-governador Lucas Ribeiro (Progressistas) deve, obviamente, assumir o Governo e, por tabela, ser candidato à reeleição.
Aguinaldo chegou a se referir que, nestas circunstâncias, Lucas seria o “candidato natural”, e ainda fez uma advertência de que o que não é natural tem mais dificuldades para se viabilizar. Não ficou claro se a referência foi a uma eventual candidatura do prefeito Cícero Lucena, também de seu partido, a governador.
Agora, durante evento promovido pela Câmara de João Pessoa e também na filiação do deputado Felipe Leitão ao Republicanos, o presidente da Assembleia, Adriano Galdino (Republicanos), que tem se apresentado como pré-candidato, afirmou que o seu partido almeja ter a cabeça de chama da majoritária.
O próprio deputado-presidente Hugo Motta, líder do partido, afirmou que o Republicano espera ser contemplado na medida de sua importância política no Estado, com nove deputados estaduais, três federais e mais de 50 prefeitos, números que devem aumentar até as urnas do próximo ano. Ele mesmo um dos postulantes ao Governo.
Está aí, meu caro Paiakan, um cenário que vai demandar muita articulação de João para conseguir manter a unidade da chapa majoritária, talvez até mesmo em sacrifício de sua candidatura ao Senado.