DÚVIDA NA CALVÁRIO Pietro estaria tentando chegar a personagens próximos do governo para orar ou excomungar?
Corre nos bastidores que o empresário Pietro Harley Félix, após deixar a prisão e passar a cumprir cautelares, tem ensaiado uma ofensiva particular para chegar junto a pessoas influentes do governo do Estado. Até onde o Blog pode apurar, não seria exatamente para orar, jejuar e comungar durante a Semana Santa.
Há quem suspeite que, na verdade, o empresário tenha em mente objetivos bem menos cristãos, até como uma estratégia de sobrevivência diante do cenário que se montou em torno dele. No limite, poderia recorrer inclusive à chantagem, considerando estar abandonado por parceiros com os quais ceava regiamente até um dia desses.
Pietro, como se sabe, foi preso no âmbito da Operação Calvário 11ª e 12ª (A Origem), por, supostamente, participar de um esquema de propinas, envolvendo a compra de livros pelos poderes públicos, através de licitações viciadas.
Segundo as investigações, Pietro era muito próximo de Coriolano Coutinho, também preso na operação. Na verdade, já estava preso por descumprir cautelares de operações anteriores.
Esquema – As investigações da força-tarefa apontaram fraudes para aquisição de material didático, por parte das Secretarias de Educação do Estado, no ano de 2014, e do Município de João Pessoa, no ano de 2013. Há suspeitas, inclusive, de que mesmo superfaturados, nem todos os livros eram entregues.
As compras suspeitas realizadas pelo Estado atingiram R$ 4.499.995,50, enquanto as promovidas pela prefeitura chegaram a R$ 1.501.148,60. O desvio apurado foi, segundo a força-tarefa, da ordem R$ 2,3 milhões, “em razão do pagamento de propinas a agentes públicos e políticos”.