É guerra: governador ameaça ir à Justiça para anular derrubada de vetos
Após a Assembleia derrubar 13, de seus 16 vetos, o governador Ricardo Coutinho decidiu entrar na Justiça para tentar derrubar a decisão dos deputados. RC disse que a decisão dos parlamentares “é inconcebível” e alega que o resultado faria com que o Governo ficasse até mesmo sem dinheiro para obras de recapeamento asfáltico das estradas.
O governador voltou a repetir que os deputados de oposição querem “inviabilizar a sua gestão” e que a manutenção desses emendas engessa a gestão. Em sua avaliação, RC acusa a Assembleia de, ao rejeitar os vetos, “usurpar” prerrogativas do Poder Executivo. “Não posso aceitar esse tipo de situação”, afirmou injuriado.
Vetos derrubados
Nas duas sessões ordinárias desta semana, os deputados apreciaram 16 vetos governamentais. Apenas três foram mantidos. Os outros 13 foram derrubados e, em alguns casos, o placar no plenário chegou a 30 votos a favor da derrubada contra 3 pela manutenção.
O deputado Hervázio Bezerra, líder do Governo (até hoje), queixou-se de seus colegas, alegando que “a oposição decidiu iniciar a campanha, está preparando guia eleitoral com a postura contrária ao governador Ricardo Coutinho”. O deputado Ricardo Marcelo, presidente da Casa, rebateu afirmando que os deputados votaram com suas consciências.
Os deputados ainda mantiveram dois vetos do governador, e aprovaram,, à unanimidade, dois projetos de lei complementar: o nº 41/2013, que propõe o remanejamento de servidores no Tribunal de Justiça, e o de nº o 42/2014, que modifica a Lei Orgânica Estadual do Ministério Público da Paraíba, alterando competências do procurador-geral do Estado, subprocuradores, secretário-geral e Corregedor-Geral.
Bancada de RC – O governador ficou apenas com Hervázio Bezerra (que é suplente e deve deixar a Casa), Adriano Galdino (do PSB), Tião Gomes, Gilma (esposa de Buba) Germano, Eva (esposa do vice Rômulo) Gouveia, Manuel Ludgério (que está retornando à Casa) e Doda de Tião. Além de Wilson Braga, João Gonçalves, Antônio Mineral, João Henriques e Lindolfo Pires, em algumas votações.