E o desastre continua em Santa Rita onde até o prefeito pode ser descartável
É de impressionar a sina da cidade de Santa Rita. Não bastasse ter instituído o rodízio de prefeitos, entre Reginaldo Pereira e seu vice Netinho, a cidade volta ao noticiário nacional e de forma extremamente negativa, com a interdição de 10 unidades de PSF (Programa de Saúde da Família), pelo Conselho Regional de Medicina. Certamente um recorde nacional.
Parece ficção, mas foi exatamente o que ocorreu nessa sexta-feira (dia 18). E assim a população que já vinha tendo uma péssima assistência na área de saúde ficou sem nenhuma. Segundo o CRM, seria uma temeridade manter as unidades funcionando em precaríssimas condições, pondo inclusive em risco a saúde daqueles que procuravam assistência nos postos.
O descaso do poder público é assombroso. Segundo relatório do CRM, as interdições só ocorreram após a realização de várias fiscalizações, nos últimos dias, quando o prefeito Reginaldo Pereira e os vereadores tomaram conhecimento da situação. O CRM solicitou seguidamente providências, e como nada foi feito dentro dos prazos necessários, a Conselho decidiu pelas interdições.
Há prédios sem as menores condições de funcionamento, em alguns casos, com risco de desabamento do teto. É evidente a falta de equipamentos mínimos necessários para o atendimento regular da população. Também faltam profissionais em número suficiente, e os que trabalham estão com os salários atrasados. Na verdade, há problemas de toda ordem, como banheiros sem higiene adequada e sem o mínimo exigido como toalhas descartáveis, que são substituídas por… papel higiênico.
De acordo com João Alberto Morais, diretor de Fiscalização da CRM, uma denúncia formal deverá ser encaminhada ao Ministério da Saúde para que haja investigação quanto ao repasse federal, se está sendo feito e de que forma está sendo utilizado pela Prefeitura. Santa Rita conta com aproximadamente 40 unidade do PSF.
A Prefeitura alega que os problemas são decorrentes das obras de reconstrução de 19 postos, e promete entregar mais quatro em breve. O problema é que, pelo circula nos meios forenses, o prefeito Reginaldo dificilmente estará no cargo para entregar os postos. Seu processo de cassação estaria na agulha.