E quando a Polícia Federal vai investigar o esquema criminoso de hackers na Paraíba?
O País se vê convulsionado com o noticiário sobre a prisão de hackers que, supostamente, teriam feito interceptação criminosa em celulares de juízes, procuradores do Ministério Público Federal e da Lava Jato, e até mesmo do presidente da República. Essas mensagens teriam, inclusive, sido repassadas e publicadas pelo site The Intercept, do jornalista Glenn Greenwald. Um caso de polícia, pelo visto.
E qual a novidade nisso? Há quanto tempo, jornalistas têm denunciado que, aqui na Paraíba, há um esquema criminoso de hackeamento de profissionais de comunicação que ousam fazer críticas ao governo do Estado, nesses tempos republicanos? Inúmeros são os relatos de jornalistas que descobriram os indícios claros dessa prática e pergunta-se: no que deu?
E não apenas profissionais de Imprensa. Há suspeitas de que magistrados e procuradores/promotores do Ministério Público da Paraíba também foram hackeados por essa turma. Aliás, corre nos bastidores, que até uma certa lista foi criada com os personagens que tiveram seus celulares interceptados criminosamente, para efeitos de coação e chantagem. É o que se diz.
Inclusive, conforme relatos internos do Ministério Público, uma investigação foi aberta pelo Gaeco para apurar a denúncia de que determinadas figuras teriam grampeado telefones de integrantes da força tarefa da Operação Calvário, com esse mesmo objetivo. Ou seja, intimidação, usando conversas privadas.
A propósito, quando rompeu com o esquema girassol, o ex-vereador Renato Martins chegou até a dar nomes de pessoas do governo que operariam o hackeamento de celulares, afora outras práticas e crimes cibernéticos.