EFEITO GAECO João Azevedo exonera da Casa Militar coronel citado na Operação Calvário
Uma das regras que valeram na Paraíba desde as primeiras fases da Operação Calvário foi a demissão de envolvidos nas investigações que ocupavam cargos no governo do Estado. Valeu para Livânia Farias, Waldson de Souza e Ivan Burity, dentre outros. E, pelo visto, passou a valer também para o coronel Anderson Benevides Pessoa. O último, até agora, afetado pelo chamado “Efeito Gaeco”.
O coronel acaba de ser exonerado do Gabinete Militar do governo João Azevedo. Anderson e seu chefe de gabinete, tenente-coronel Geraldo Marques. O tenente-coronel Marcelo Tadeu Rodrigues Lima foi nomeado para assumir o Gabinete Militar, e Anderson foi “rebaixado” e será subcomandante de policiamento regional da Polícia Militar.
Delações – O coronel Anderson foi, recentemente, numa delação de Bruno Donato, que era assessor do ex-secretário Waldson de Souza, ocorridas no âmbito da Operação Calvário, fases 11ª e 12ª (A Origem). Pelos testemunhos, o oficial teria participado de ações envolvendo ilícitos já capitulados pelo Gaeco, como a condução de propinas para integrantes da organização criminosa.
Nas últimas semanas, e paralelamente à divulgação das delações, o coronel Anderson chegou a entrar com um pedido de licença de 60 dias.
Num dos trechos da autodeclaração de Bruno Donato, ele pontua: “Com relação a Anderson, precisamos dele algumas vezes para pegar dinheiro e carregar, isso deve ter acontecido umas 03 a 04 vezes. Duas dessas vezes foram, quando Waldson me chamou e teria dito que iria pegar um volume alto de dinheiro e que estava pensando em levar Anderson, Waldson teria acertado com Daniel Gomes que a SES iria fazer um pagamento de umas contas antigas e que Daniel iria pagar duas empresas, essas empresas seriam, a de manutenção de equipamentos hospitalares.”
Anderson foi citado 26 vezes no documento, como suposto participante do esquema.