ELEIÇÃO 2022 Disputa ao governo apresenta até agora quatro pré-candidatos: João, Pedro, Lígia e Cabo Gilberto
O recente lançamento da pré-candidatura do deputado Pedro Cunha Lima, nesta proximidade da virada ao ano, traz um elemento a mais para compor o desenho que se projeta para as eleições do próximo ano. E, pelas cartas do tarô montado até agora, pelo menos quatro candidaturas deverão se constituir ao longo de 2022.
Numa raia, o governador João Azevedo, que já assumiu sua disposição de disputar a reeleição, compondo com o Progressista de Cícero Lucena e Aguinaldo Ribeiro, com chances reavivadas de manter o senador Veneziano Vital do Rego, ante a hesitação de Romero Rodrigues. Veneziano perdeu o timing e dificilmente será candidato.
Pelas oposições mais à direita surge a pré-candidatura de Pedro Cunha Lima, ancorada, claro, no prestígio do ex-senador Cássio Cunha Lima que, a preço de hoje, é um dos eleitores mais qualificados da oposição, e tentando atrair segmentos de centro, bolsonaristas decepcionados, eleitores de Moro e Dória. Pode ser um contingente expressivo.
Mais à esquerda, começa a se construir uma chapa integrada pela ex-governadora Lígia Feliciano, o ex-prefeito Luciano Cartaxo e o ex-governador Ricardo Coutinho. O principal apelo dessa corrente é oferecer um palanque para Lula no Estado. Mas, traz o peso da Operação Calvário, representada pelo inelegível Ricardo Coutinho.
E, por fim, especula-se um espaço para uma candidatura Bolsonaro, tipo raiz. Sendo um caso, um chapa deverá emergir de lideranças como o deputado Cabo Gilberto, que já se lançou pré-candidato, mas também Wallber Virgolino, Nilvan Ferreira e, eventualmente, o pastor Sérgio Queiróz e o ministro Marcelo Queiroga.
Alguns fatos a se observar. Primeiro: a consolidação de um candidato bolsonarista vai depender, é claro, do desempenho de Bolsonaro ao longo do primeiro semestre. Segundo: o prestígio de Lula nunca conseguiu eleger um candidato a governador na Paraíba.
Terceiro: Pedro vai precisar correr a praça rapidamente para pontuar nas pesquisas e se consolidar. Quarto: João tem uma espada na cabeça remanescente da Operação Calvário, que pode ou não desabar durante a campanha, e poderá ser decisivo.