Havia muito expectativa na praça política em relação à coletiva convocada pelo presidente Lula, nesta terça-feira (03/06), para tratar da crise do IOF, especialmente pela divergência pública entre o ministro Fernando Haddad (Fazenda) e o Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, que se revelou contra a medida.
Bem, Lula disse a área econômica não errou ao anunciar alta no IOF e, em seguida, recuou ante reação negativa do mercado e do Congresso: “O Haddad, no afã de dar uma resposta logo à sociedade, apresentou uma proposta que ele elaborou na Fazenda. Se houve uma reação de que há outra possibilidade, nós estamos discutindo essa possibilidade.”
E ainda, de acordo com o portal G1: “Eu não acho que tenha sido erro, não. Eu acho que foi um momento político. Em nenhum momento, o companheiro Haddad teve qualquer problema de discutir o assunto. A apresentação do IOF era o que eles tinham pensado naquele instante. Se aparece alguém com uma ideia melhor e topa discutir, vamos discutir.”
Com a crise instalada, o deputado-presidente Hugo Motta (Republicanos) sinalizou que o decreto certamente seria derrubado na Câmara, então deu um prazo de 10 dias para o Governo Federal apresentar uma alternativa sustentável, sem que seja o aumento na alíquota do IOF. Ainda durante a coletiva, o petista deixou em aberto a possibilidade de apresentar uma alternativa nas próximas horas.
Haddad disse ao Globo, na semana passada, que as mudanças no IOF “foram debatidas na mesa do presidente (Lula)” Lula, mas que a decisão de recuar foi dele mesmo, baseada em critérios técnicos. Ele chegou a negar que o recuo tenha sido por pressão do mercado e do Congresso, o que ficou evidenciado, nos últimos, após reação de setores da Câmara e do Senado.