EM MEIO À POLÊMICA… Dados apontam que João Pessoa é a capital que tem menor taxa de ocupação de UTIS no Nordeste
Em meio à toda a polêmica envolvendo as decisões judiciais contraditórias, envolvendo os decretos-Covid do do governo do Estado e da prefeitura de João Pessoa, uma informação chama a atenção. Dados das secretarias estaduais de Saúde indicam que João Pessoa registra a menor taxa de ocupação de UTIs entre as capitais nordestinas: 78%.
As informações são um ativo importante em meio à polêmica, e as decisões indo e voltando da Justiça. Pela última decisão do desembargador Joás de Brito Pereira, as academias devem ser mantidas abertas, com os devidos cuidados sanitários. Diferente do que decidira o também desembargador Arnóbio Alves Teodósio, inclusive quanto ao fechamento de bares e restaurantes a partir das 16h.
A prefeitura de João Pessoa tem alegado, inclusive através do prefeito Cícero Lucena, que o caso é diferente na cidade em relação às demais que apresentam bandeira laranja na avaliação do Governo do Estado. Isso, porque tem mais da metade dos leitos Covid-19 ocupados por pacientes de diversos outros municípios.
Comparativo – Quando se compara ao quadro de outras capitais nordestinas, João Pessoa, conforme os dados das secretarias estaduais de Saúde, tem a menor taxa de ocupação dos leitos de UTI – com 78%. As demais capitais estão acima dos 81%, atingindo 99% em Aracaju.
Quanto às medidas restritivas, a capital paraibana está junto a Maceió, Aracaju e Salvador com as atividades não essenciais e as praias fechadas aos fins de semana. Dessa forma, João Pessoa “não está relaxando com os cuidados preventivos mas construindo uma saída menos penosa aos afetados por quase 1,5 ano de perdas, de vidas na forma mais trágica, e de meios do sustento da própria e de outras famílias que dependem de determinado negócio”.
Cinco capitais nordestinas com lotação próxima do esgotamento de vagas em UTI estão buscando esse equilíbrio também, porém sem fechar aos fins de semana. Eles estão apertando na fiscalização das normas de distanciamento social e sanitárias. A flexibilização nos horários de funcionamento e limitando o acesso das pessoas aoa ambientes fechados é o meio mais utilizado por Recife, Fortaleza, Teresina, Natal e São Luís.