EM TEMPO RECORDE (vídeo) A incrível liberdade concedida pela Justiça argentina à sócia da BraisCompany
Se o dia começou com a notícia da prisão do casal Antônio Ais e Fabrícia Farias, na Argentina, na noite de quinta (29/02), não menos surpreendente foi a sultura da empresária, em tempo recorde, no final do dia. Mas, o fato é que a Justiça acatou recurso de seus advogados, com parecer favorável do Ministério Público, e determinou sua libertação. (Confira vídeo abaixo)
A Justiça concedeu a liberdade com pagamento de fiança e com a condição que a empresária deve cumprir algumas medidas cautelares. Dentre as medidas cautelares, a decisão de que Fabrícia não pode se ausentar do domicílio por período superior a 24 horas sem notificação ao Tribunal, alémda retenção de seu passaporte.
Fabrícia também teve a retenção de seu passaporte, e não poderá deixar a Argentinan até o processo de extradição ser encerrado. O Brasil, como se sabe, tem acordo de extradição com o país vizinho, e caberá à Justiça Federal o retorno do casal ao Brasil, para cumprimento das sentença para as quais já foram condenados.
Segundo os advogados Nelson Wilians e Santiago Andre Schunck, “a Justiça argentina acolheu a petição apresentada por nós e deliberou que Fabrícia aguarde o curso do procedimento de extradição em liberdade, haja vista o entendimento de que não figura como uma ameaça às investigações e não apresenta risco de evadir-se”.
Seus advogados também pediram a soltura para Antônio, e aguarda pronunciamento da Justiça.
Por fim, o juiz avaliou ser necessário manter um dos pais cuidado dos filhos menores: “No endereço indicado está localizado o pai das crianças, atualmente detidos nessas mesmas ações, e não há provas da existência de outros membros da família com capacidade para atender às necessidades primárias da menores em questão.”
Condenação – Antônio já havia sido condenado pelo juiz Vinícius Costa Vidor (4ª Vara Federal em Campina Grande), com uma pena 88 anos e 7 meses de prisão, enquanto Fabrícia pegou 61 anos e 11 meses. Os crimes incluiram operar instituição financeira sem autorização, gestão fraudulenta, apropriação e lavagem de capitais. Outras pessoas também foram condenadas.
Na condenação, foi estipulado um montante de R$ 277 milhões a ser reparado para as vítimas, em danos patrimoniais, e R$ 100 milhões em dano coletivo. A Polícia Federal estima que mais de 10 mil pessoas foram lesadas no esquema.Eles estavam na lista de procurados da Interpol, desde fevereiro de 2023.
CONFIRA RELAÇÃO DOS RÉUS E SUAS CONDENAÇÕES…
- Antônio Inácio da Silva Neto – 88 anos e 7 meses
- Fabrícia Farias – 61 anos e 11 meses
- Arthur Barbosa da Silva – 5 anos e 11 meses
- Clélio Fernando Cabral do Ó – 19 anos
- Deyverson Rocha Serafim – 5 anos
- Fernanda Farias Campos – 8 anos e 9 meses
- Flávia Farias Campos – 10 anos e 6 meses
- Gesana Rayane Silva – 14 anos e 6 meses
- Mizael Moreira da Silva– 19 anos e 6 meses
- Sabrina Mikaelle Lacerda Lima – 26 ano.
O escândalo – Em 16 de fevereiro de 2023, a Polícia Federal deflagrou a Operaão Halving, que cumpriu vários mandatos de busca, apreensão e prisão, contra o esquema investigado por patrocinarem crimes contra o sistema financeiro e mercado de capitais, através da BraisCompany, que teria movimentado, durante suas operações, mais de de R$ 2 bilhões. O rombo estimado superaria aos R$ 600 milhões.
Os mandados foram cumpridos em sedes da empresa em Campina Grande e São Paulo. De acordo com as investigações, a empresa prometia um retorno financeiro de 8% ao mês, algo irreal para os padrões do mercado. Milhares de pessoas investiram suas economias pessoais na empresa.
Como funcionava – A empresa era especializada em gestão de ativos digitais e soluções em tecnologia blockchain. Os investidores convertiam seu dinheiro em ativos digitais, que eram “alugados” para a companhia e ficavam sob a gestão dela pelo período de um ano. Os rendimentos dos clientes representavam o pagamento pela locação dessas criptomoedas.
CONFIRA VÍDEO COM A PRISÃO DO CASAL…