Empresário denuncia no TCE que Governo RC comprou 17 mil carteiras a R$ 174 e vendeu como sucata a R$ 0,10 dois anos e meio depois: rombo de R$ 29 milhões
O Tribunal de Contas do Estado recebeu, na última terça-feira (dia 23), denúncia protocolada pelo empresário Flávio Rodolfo Pinheiro, sobre o leilão de carteiras escolares como sucata em julho de 2014. Tudo começou em 2011, quando o Governo do Estado adquiriu junto à empresa Desk, 17 mil carteiras, ao preço unitário de R$ 174, com garantias de cinco anos.
O Estado pagou pelas carteiras um valor em torno de R$ 29 milhões. Mas, em 2014, promoveu um leilão de material presumivelmente inservível, entre os quais se encontravam essas mesmas carteiras, por R$ 0,10 (dez centavos) a unidade. Ou seja, pagou R$ 29 milhões e recebeu pelas mesmas carteiras dois anos e meio depois incríveis… R$ 1,7 mil.
“O caso impressiona pela audácia e pelo desperdício do dinheiro público”, afirmou o empresário, ao protocolar a denúncia. Ele presume que o Governo irá responder que “as carteiras leiloadas não são aquelas adquiridas dois anos antes, mas tem um problema: no registro de protocolo consta que as carteiras vendidas como sucata foram exatamente aquelas compradas dois anos antes”.
E arrematou: “Se as carteiras estavam inservíveis, como se alegou no leilão, era obrigação do governador Ricardo Coutinho cobrar a reposição das carteiras, porque estavam dentro da garantia de cinco anos.”