ENIGMA NA CALVÁRIO Pietro e Rosas não acertaram ainda delação premiada apesar das especulações, revela Gaeco
O empresário Pietro Harley Félix e o ex-secretário Edvaldo Rosas, presos nas fases 11ª e 12ª da Operação Calvário ainda não acertaram sua colaboração premiada como o Gaeco, a despeito das muitas especulações a respeito. A informação é do promotor Gaeco Octávio Paulo Neto, coordenador do Gaeco.
Octávio declarou para o site Wscom, do jornalista Walter Santos: “Até agora não fomos procurados por nenhum advogado, em que pese os rumores.” Havia muitas especulações de que os dois, ao serem liberados da prisão (passaram a usar tornozeleiras) teriam acertado a delação premiada.
Outra informação relevante: a delação da ex-secretária Livânia Farias (Administração), em que pesem algumas especulações também, não está sob avaliação pelo Superior Tribunal de Justiça. Ainda segundo o coordenador do Gaeco, a colaboração da ex-secretária permanece na esfera da Justiça comum.
“A colaboração de Livânia foi submetida à subprocuradoria que atua no STJ, que fez uma apreciação e ao final foi remetida à justiça comum estadual, pois não viu indícios (na colaboração) de qualquer fato que ensejasse sua competência”, teria revelado Octávio Paulo Neto. (mais em https://bit.ly/3diW9tv)
Histórico – Com a deflagração da Operação Calvário 11ª e 12ª (A Origem), o empresário Pietro Harley, além do ex-secretário Edvaldo Rosas e Coriolano Coutinho foram presos. Coriolano, inclusive, já estava preso por violação no uso da tornozeleira.
As investigações da força-tarefa apontaram fraudes para aquisição de material didático, por parte das Secretarias de Educação do Estado, no ano de 2014, e do Município de João Pessoa, no ano de 2013.
As compras suspeitas realizadas pelo Estado atingiram R$ 4.499.995,50, enquanto as promovidas pela prefeitura chegaram a R$ 1.501.148,60. O desvio apurado foi, segundo a força-tarefa, da ordem R$ 2,3 milhões, “em razão do pagamento de propinas a agentes públicos e políticos”.
Em 26 de março, o Ministério Público da Paraíba pediu a conversão da prisão preventiva de Rosas e Pietro em medidas cautelares. O MP argumentou que o avanço da Covid e que havia um risco crescente deles contraírem o novo coronavírus. Não foi pedido o mesmo para Coriolano, por seu histórico de descumprir cautelares.
Soltos, Pietro e Rosas passaram a cumprir medidas cautelares, como o uso de tornozeleiras, proibição de ausentarem-se da comarca sem autorização judicial, recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga e vedação de manterem contato com os demais investigados e denunciados na Calvário.
E começaram, então, a circular especulações de que os dois iriam acertar uma delação premiada.