Enquanto Pernambuco avança, a Paraíba vive de tapeação
Se for verdade mesmo que a Hyundai já bateu o martelo para instalar uma nova fábrica em Pernambuco, e não mais na Paraíba, fica evidente que aquele anúncio de que viria para nosso Estado não passou de enganação. Mais que isto, mostra que a Paraíba segue perdendo todas e vai terminar se transformando mesmo em quintal de Pernambuco.
E por que perde todas para o vizinho? Porque o Estado vizinho tem governador. Simples, assim. Tem um governador que briga por mais um porto de águas profundas (quando o governador da Paraíba recusa), por mais um aeroporto, cria infraestrutura para atrair novos investimentos e sabe dialogar (entendeu?) com o meio empresarial.
Assim, se a informação obtida pelo jornalista Carlos Magno, secretário de Comunicação de Campina Grande for verdadeira, estamos diante de mais um teatro que se montou, no início do ano, para criar a expectativa da vinda de uma fábrica da Hyundai. Que, pelo visto, era apenas tapeação. O Estado, se vê, não tem condições de receber empreendimentos de vulto.
Como tapeação certamente foi o governador Ricardo Coutinho admitir a possibilidade de trazer uma montadora chinesa. Da mesma forma que tem sido tapeação a maior parte do anúncio fantasioso de obras pelo Estado afora, onde o máximo que o governador tem feito é inaugurar algumas poucas obras realizadas pelos seus antecessores.
Enquanto a Paraíba segue como sendo o Estado da tapeação, Pernambuco avança. E não torcemos para que Pernambuco não avance. Mas, o que nos humilha é assistir um vizinho de fronteira caminhar a passos largos pro futuro, enquanto a Paraíba, onde se prometeu um grande salto de quarenta em quatro anos, o que vemos são um Estado de quatro.