Especulação para todos os gostos no pós-operatório das convenções
Como em qualquer processo eleitoral, as últimas horas do pós-operatório das convenções foram intensas em especulações. Muitas acabam por se confirmar, outras não, como se verá ao longo da maratona eleitoral que está apenas começando. Seguem algumas delas:
– Comentou-se que foi o senador Cássio Cunha Lima venceria a queda de braço com o ministro Aguinaldo Ribeiro, para impedir o PPS de se coligar com o PP da deputada Daniela, quando o acordo já estava sacramentado. No fim, se confirmou: de forma surpreendente, o PPS assumiu a campanha do tucano Romero Rodrigues. A operação teve não apenas o dedo de Cássio, mas também Sérgio Guerra e Roberto Freire.
– Especulou-se que o deputado Gervásio Filho, após admitir aceitar a vice de Zé Maranhão, no PMDB, tinha desistido. Foi confirmado: Gervasinho teria confidenciado a pessoas próximas que não poderia se arriscar a perder alguns de seus redutos no interior, caso tivesse que se envolver numa campanha direta em João Pessoa. Com o desfecho e a crise criada, o deputado queimou o filme no PMDB para as próximas películas.
– Especulou-se que o prefeito Luciano Agra teria oferecido duas secretarias ao PTB de Armando Abílio, para o partido recuar e apoiar a chapa do deputado Luciano Cartaxo. Talvez por isso mesmo, o vereador Tavinho Santos que, antes estava reticente em aceitar a vice de Zé Maranhão, tenha recuado nas últimas horas, admitindo a possibilidade. Então, a menos que algo inédito ocorra, ele deve ser confirmado na vice.
– Também comentaram que o prefeito Luciano Agra, na iminência de realizar uma reforma administrativa, teria prometido duas pastas ao PSC, para confirmar a aliança com o PT. A informação carece de confirmação. Entretanto, ante a obstinação do presidente estadual Marcondes Gadelha em levar o partido para os braços do PT, remando contra a maioria da militância, pode ser uma informação procedente. O tempo dirá.
– Outra especulação foi de que a direção nacional do PSC, ante a rebelião criada pela imposição de apoiar o PT, teria admitido um recuo, mas não para apoiar o PSDB do senador Cícero Lucena, e sim o PMDB de Zé Maranhão. Com isto, um dos partidos da aliança do peemedebista, inconformado com a perda de espaços para o PSC, poderia deixar a coligação e seguir para apoio ao tucano. Até agora, não se confirmou.
– Por fim, especulou-se que os candidatos Zé Maranhão e Cícero Lucena poderiam estar tentando um acordo vespertino, para unir os seus dois esquadrões ainda no primeiro turno. O Blog apurou que os dois até chegaram a trocar telefonemas depois das convenções, mas a verdade é que nenhum dos dois admitiu recuar para apoiar o outro. Com isto, a especulação, pelo menos até o momento, não se confirmou.