ESCÂNDALO DO PADRE ZÉ Suspeito acusa o Padre Egídio de mandar vender e embolsar R$ 200 mil com celulares da Receita
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Mais um capítulo no escândalo envolvendo o Hospital Padre Zé. O ex-dirigente (Departamento de Tecnologia de Informação) Samuel Rodrigues Cunha, um dos investigados por desvio de recursos milionários, afirmou, neste sábado (21/10), que o Padre Egídio estava ciente da venda ilegal dos celulares, doados pela Receita Federal para financiar obras de caridade.
Samuel, como se sabe, foi demitido da instituição, por justa causa, no início de setembro. Sua demissão ocorreu após denúncia feita pelo próprio Padre Egídio à Polícia Civil: “Estão me incriminando por um furto de R$ 525 mil (obtidos com a venda dos aparelhos), mas a justiça teve acesso a toda as minhas contas e esse dinheiro não está lá. O padre estabeleceu um valor especifico para cada modelo de celular.”
Em entrevista, Samuel afirmou: “O padre (Egídio) me chamou para ir à sua sala e pediu para que eu pesquisasse o valor dos celulares através da Receita Federal, para estabelecer um valor de mercado e que não haveria problema caso eu conseguisse negociar um valor a parte. Então, não ocorreu um furto. O padre Egídio deu autorização para a venda aparelhos e o valor foi entregue em dinheiro a ele.”
Butim – Ainda de acordo com Samuel, o Padre Egídio teria recebido cerca de R$ 200 mil em dinheiro pela venda dos celulares, enquanto ele (Samuel) teria recebido aproximadamente R$ 20 mil. A transação teria ocorrido no apartamento à beira-mar de Cabo Branco, em João Pessoa.