A movimentação do senador Efraim Filho (União Brasil) de anunciar sua pré-candidatura ao Governo numa parceria com o PL de Bolsonaro para as eleições do próximo ano, aparentemente, não abalou o ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSD), quanto à unidade das oposições. E também reafirmou sua disposição de disputar o Governo em 2026.
Em conversa com a Imprensa, Pedro disse respeitar a decisão de Efraim em relação ao PL, que faz parte do bloco das oposições, “mas além dele (PL), temos também MDB, PSD, Podemos e outras legendas. Vamos continuar essa construção coletiva para, no final do processo, ter uma definição, e vejo o movimento de Efraim como legítimo e natural”.
E passou a admitir a possibilidade da oposição ter mais de um candidato: “A Paraíba pode sim ter dois candidatos de oposição, para garantir algum dos dois no segundo turno, sem que isso signifique falta de estratégia. É uma possibilidade natural.” E lembrou que isto já ocorreu no pleito de 2022.
“Se vai ter uma candidatura ou duas candidaturas, não é um bicho de sete cabeças. Temos uma eleição em dois turnos e não temos a obrigação de reunir todos em uma única candidatura. Pode ser um desfecho, mas se houver mais de uma candidatura no primeiro turno, que é até natural, está tudo certo.”
Lá e lô – O detalhe é que Pedro se coloca numa posição de equisitância em relação ao senador Efraim, que apoia Bolsonaro, e o senador Veneziano Vital do Rego (MDB), aliado do presidente Lula: “Tenho excelente relação com o senador Veneziano e com integrantes da base do presidente Lula.”
E arrematou: “Tenho uma posição nacional que é muitas vezes menosprezada, que é a de não me sentir representado nem por Bolsonaro nem por Lula. Isso pode ser uma desvantagem eleitoral, mas é o que penso e defendo.”