ESTÃO COM MEDO DE QUE? Por que votar de forma secreta contas reprovadas de Ricardo Coutinho se tradição da Assembleia é voto aberto?
Por que a Assembleia iria realizar a votação das contas de 2016 do ex-governador Ricardo Coutinho de forma secreta, se tem a tradição de promover a votação de forma aberta? Um exemplo foram as contas de 2010 e 2011 do próprio Ricardo Coutinho, que foram apreciadas pela Casa em 12 de maio de 2015. De forma aberta.
Então, qual seria a justificativa para a Assembleia alterar seu padrão de votos agora? As indagações se impõem diante de especulações de bastidores indicando que alguns deputados estão defendendo uma votação secreta. Ora, quem defende voto secreto é porque está como medo de expor sua decisão para o distinto público.
Alterar o modo de votação, agora, na apreciação das contas de 2016 de Ricardo Coutinho, reprovadas à unanimidade pelo Tribunal de Contas do Estado soa como uma espécie de compadrio de certos parlamentares com o ex-governador. Que outra explicação há para explicar uma mudança nas regras do jogo durante o jogo?
Para relembrar – Está no portal da própria Assembleia (edição de 12 de maio de 2015): “Deputados aprovaram, pela primeira vez na história com voto aberto, as contas do Governo do Estado. Foram aprovados os processos que analisaram as contas do governador Ricardo Coutinho, sobre os anos 2011 e 2012; além das contas de 2010 do ex-governador José Maranhão.” (matéria no site da Assembleia https://bit.ly/3FIxRWL)
Ainda mais. Na oportunidade, o então presidente da Casa, deputado Adriano Galdino, comemorou o “feito”: “Quero lembrar que, pela primeira vez na história estamos votando as contas do Governo do Estado de forma aberta. Estamos fazendo história nesta Casa.” Então, o que está faltando para a Casa seguir fazendo história, e mantendo sua tradição de transparência no voto?
Na oportunidade, a justifica para a aprovação por ampla maioria (22 a seis) foi o parecer do Tribunal de Contas do Estado pela aprovação. A curiosidade é que, em relação as contas de 2016 (e também de 2017), o TCE já deliberou à unanimidade pela reprovação. Então, pela lógica, se a Assembleia acompanhou o parecer em 2015, não haveria justificativa para não seguir agora, mas de forma aberta. Para a população saber como votaram os deputados.
MATÉRIA POSTADA NO SITE DA ASSEMBLEIA…