O deputado Romero Rodrigues, meu caro Paiakan, tem exercitado uma estratégia que, aparentemente, vem dando certo, segundol pesquisas. Mas, pelo visto, começa a apresentar sinais de fadiga.
Nos últimos tempos, cortejado pela oposição e pelo prefeito Bruno Cunha Lima, Romero tem oscilado entre seguir com Bruno ou se lançar candidato a prefeito, exatamente contra seu, até então, aliado.
Mas, essa é uma operação de risco. Porque, se no primeiro momento, o tempo estava a seu favor, agora começa a cobrar o preço da indefinição muito prolongada.
O prefeito Bruno, por exemplo, ao perceber a procrastinação, começa a operar para um plano B sem Romero. A oposição faz leitura idêntica. Todos começam imaginar que Romero não está levando o caso a sério.
Numa circunstância assim, Romero perde a confiança de um lado, e de outro. Daqui a pouco, Bruno e a oposição, cada um em sua própria seara, encontram uma solução e Romero corre o risco de ficar isolado…
E consolidar ainda mais impressão de não ter coragem para tomar decisões. Ou, até mesmo, ter receio de encarar uma disputa, a despeito de estar tão bem nas pesquisas. Questão de oportunidade.
Em 2018, por exemplo, poderia ter disputado o governo do Estado, e é possível que tenha apresentado um desempenho superior ao de Pedro Cunha Lima. Não é possível saber, porque ele tremeu ante o desafio.
Agora, da mesma forma. Ainda mais quando insinua que pode esperar até agosto para tomar uma decisão. Demonstra fastio para a disputa, eis a verdade, meu caro Paiakan.
O que justifica a impaciência dos deputados Adriano Galdino e Aguinaldo Ribeiro.
Romero talvez esteja apostando em desgastar Bruno, fazendo o prefeito sangrar com sua indefinição. Da mesma forma em relação à oposição, que, ao esperar demais, poderia ficar sem opções.
O problema é que, na política, não existem espaços vazios. De alguma forma surgirá uma saída.
