ESTRATÉGIA É SALVAR VIDAS Texto de leitor enviado a um deputado estadual que não deu resposta
O Blog, dentro do seu espírito plural, tem aberto espaços para publicação de textos enviados por leitores. Nele, o leitor destaca ter enviado a mensagem para um certo deputado estadual que, segundo ele, até o momento (terça, dia 7), não deu resposta. O material foi enviado pelo leitor Severino dos Santos Lima.
CONFIRA ÍNTEGRA DE TEXTO…
Caro Helder Moura, um bom e santo pra você e sua família, envieis, a sugestão a seguir delineada para um Deputado Estadual da Paraíba, mas ele ainda não abriu o texto. Submeto-o à sua análise, com a mesma recomendação quanto ao seu conteúdo.
“Caro Deputado Fulano de Tal, o texto é longo, mas peço uns minutos de sua atenção, por favor!
Pelo que pude perceber em relação à COVID 19, muitas perguntas ainda carecem de respostas e que a ciência avança a passos largos para a descoberta da vacina. Ou seja, é possível que já se saiba tudo sobre o novo coronavírus, ou não! Contudo, as informações científicas já disponíveis são o bastante para as diversas e multifacetadas soluções.
Em outro giro, entendo que é preciso agir, urgentemente! Penso que, em situações tais, o primeiro passo é admitir que a ciência ainda não tem todas as respostas, mas está avançando, e que os protocolos definidos devem ser respeitados, mutatis mutandi. O segundo passo, é esquecer preconceitos.
Aprendi, no dia a dia no exercício da engenharia, que, diante de uma grande empreitada, é imperioso: primeiro, definir uma boa ESTRATÉGIA, regiamente concebida, no caso SALVAR VIDAS! Uma sequer pode ser ceifada por conta dessa peste infeliz. Segundo, elaborar, adrede, um PLANEJAMENTO holístico, com base nas ciências e envolvendo as pessoas de cada segmento interessado, projetando cenários sem olvidar-se de todas as possíveis variáveis, mas fiel às estratégias. Terceiro, não apenas identificar o problema, mas, sobretudo, circunscrevê-lo, isso com base nas boas e corretas informações científicas, nada obstante que, no caso, ainda não esgotadas. Quarto, TRANSFORMAR tais informações em dados, a partir de análise transdisciplinar. Por último EXECUTAR as ações multidisciplinares, que serão realizadas para perseguir metas e objetivos definidos na fase de planejamento, de acordo com um PLANO DE TRABALHO rigorosamente elaborado, respeitadas as especificidades locais e a demanda a ser atendida.
Registra-se, por oportuno, que todas as medidas devem ser monitoradas ou mesmo fiscalizadas pelas diversas forças-tarefas a ser criadas pelo Poder Público para tal nuto. Porém, antes de qualquer coisa, é preciso reunir esforços, talentos e recursos, dentro de uma mega ação (operação de guerra!).
Lembrar, entretanto, que tudo acontece na “civitas”, ou seja, na comuna, onde as pessoas circulam e se aglomeram, por isso que as batalhas devem ser coordenadas pela gestão local, naquilo que lhe cabe: […] vaidades, vaidades, tudo são vaidades […]. De forma sinótica, porque é impossível em um espaço como este discorrer sobre as diversas operações que devem ser implementadas, e, dentro da lógica da engenharia, qual é a estratégia?
Como dito, SALVAR VIDAS. Disso decorre que ninguém, ninguém, ninguém, pode morrer em razão da COVID 19, tampouco de inanição, material ou psicológica, daí por que as ciências, incluído nesse rol a economia e afins, devem andar juntas, no mesmo desiderato. Todas as recomendações têm que ser respeitadas: ISOLAMENTO SOCIAL, DISTANCIAMENTO SOCIAL, USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL, DIETA APROPRIADA, CUIDADOS COM A HIGIENE PESSOAL, COLETIVA, etc, etc, mas de forma ponderada, respeitando-se as particularidades de cada grupo.
Estou me alongado, mas agora devo entrar no caso específico que lhe diz respeito, pois a sugestão dirige-se à Assembleia Legislativa da Paraíba, no primeiro momento, mas, se bem aceita, extensiva aos demais Poderes Constituídos, inclusive Ministério Público, Tribunal de Contas, Defensoria Pública, e outras instituições, tais como SESC, ENERGISA, CAGEPA, CEF, BB, BNB, UFPB, AFRAFEP …, e por aí vai. Qual é a sugestão? Trata-se de uma ampla descentralização. A ALPB adotaria uma operação para atender, exclusivamente, seu pessoal, ativo, inativo e pensionista, enquadrado no grupo de risco definido nos protocolos da OMS e do Ministério da Saúde: IDOSOS, DIABÉTICOS, OBESOS, PESSOAS COM COMORBIDADE… Qual a estratégia? SALVAR VIDAS: não pode faltar atendimento médico de urgência, mas também de prevenção. Qual a ação? ISOLAMENTO SOCIAL TOTAL, para essas pessoas.
O planejamento deve ser elaborado com a participação dos sindicatos e de outras agremiações de classe, se houver. Embora o problema seja de toda a sociedade, como forma de descentralizar, onde tal for possível, cada segmento teria ampla liberdade de atuação, mas sujeito à fiscalização, controle e monitoramento do Estado, sob a coordenação das diversas forças-tarefas.
O isolamento teria que ser algo muito atrativo, por isso que deveria ter como palco, um Hotel, em funcionamento (ou em condição tal), porém, sem hóspede convencional, ou um equipamento similar, preferencialmente na orla, eis que haverá atividades envolvendo o mar, por exemplo. Também para permitir que familiares e amigos visitassem os “hóspedes”, de forma absolutamente controlada e sem contato físico. Surge aí um dos maiores problemas, senão o maior, que é a circulação de pessoas. Como os parentes e amigos chegariam aos hotéis?
As alternativas são as mais variadas. Citaria algumas: através de meios próprios, inclusive motos e bicicletas, mas também através de ônibus (ou similar), em operação controlada, obedecendo-se aos rigorosos protocolos específicos, entre tantos outros o DISTANCIAMENTO SOCIAL, o uso de EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL, HIGIENE PESSOAL, etc. Haverá atividades diárias para os “hóspedes”, dentro do hotel e fora dele, como os passeios em ônibus para lugares turísticos (a atividade turística voltaria a funcionar, sob controle do Poder Público – FORÇA TAREFA); inclusive cidades do interior do Estado seriam visitadas.
A arregimentação dessa demanda seria facilmente implementada, e todos eles seriam “testados” para o novo coronavírus, em razão da possibilidade de existência no grupo de assintomáticos. De onde viriam os recursos? Imediatamente, do orçamento da ALPB, através de remanejamento de rubricas existentes (reformas edilícias, por exemplo), cujos numerários passariam a integrar o “ORÇAMENTO DE GUERRA”.
Projetando-se a operação para os meses de abril e maio (14 dias antes do pico e 14 dias além desse pico), os recursos a serem aplicados em abril viriam do mês de dezembro e os de maio do orçamento de novembro. Como o orçamento é uma peça fictícia, gestões seriam feitas para a obtenção do numerário. Pois bem. Imagina-se, em tese, que cada hóspede chegou ao hotel sem contaminação, porque circulou obedecendo às medidas profiláticas e de distanciamento social, mercê das recomendações de saúde pública.
Chegou sem o “infiteto”. Adentrou às instalações do hotel depois de uma prévia higienização. Pode circular no ambiente hoteleiro com segurança, que, também, está higienizado, mas sem contato físico e sob a tutela de outras recomendações. As refeições seriam servidas de forma segura, agregando-se uma dieta apropriada. Todas as atividades no hotel e fora dele seriam ministradas por profissionais do Setor Público, prévia e apropriadamente treinados e as saídas para eventos externos seriam rigorosamente controladas, bem como as visitas de familiares e amigos (que seriam testados para o novo coronavírus).
O retorno das atividades externas dar-se-ia da mesma forma, partindo, por óbvio, higienizado, depois de circular com segurança e absoluto cuidado. Qual seria o risco de contaminação dessas pessoas no ISOLAMENTO SOCIAL TOTAL? Nenhum, acredito. Por fim, penso que somente a educação, a disciplina, a solidariedade e o respeito ao outro é que podem resolver o problema, com fé, confiança e esperança: a pandemia é enorme, mas a misericórdia e o amor de Deus por nós são infinitamente maiores.
Ocorre, entretanto, que Deus quis precisar de nós, criaturas. Outro aspecto importante: que cada pessoa isolada possa continuar fazendo o que gosta, sem risco de contaminação. Individualmente, para o servidor ativo ou inativo, ou pensionista, impedido, de alguma forma, de participar desse isolamento social, cada família deve ser ajudada a isolar seus entes queridos enquadrados no GRUPO DE RISCO, mas de forma atrativa, com o apoio da ALPB.
As Prefeituras Municipais das grandes cidades, que possuem estrutura, fariam o ISOLAMENTO SOCIAL TOTAL das pessoas enquadradas no grupo de risco por região, segundo a geopolítica do atendimento da SAUDE DA FAMÍLIA, usando as escolas municipais como palco desse isolamento, com o máximo conforto e de forma atrativa, cujas instalações físicas seriam adaptadas.
O BRASIL não pode parar, nem por conta da COVID 19 nem em razão da destruição dos empregos e por conta de doenças da alma e do espírito, principalmente, em razão das restrições do ISOLAMENTO SOCIAL, horizontal, mas que, segundo a opinião da grande maioria dos cientistas da área, é a medida mais eficaz, aqui e alhures: pense nisso, Deputado e amigo Fulano de Tal! Se a sugestão for patética ou visionária, delete-a. Sem problema algum, absolutamente!”.