O ex-prefeito Sebastião de Vasconcelos Porto, mais conhecido como Tinan Porto (Pedra Lavrada), foi, a pedido do senador Cássio Cunha Lima, o principal apoiador do então candidato Ricardo Coutinho, na eleição de 2010. Sua atuação se estendia por toda a região do Curimataú. Tinan já procurou o senador Cássio e avisou que não votará mais em RC. Mesmo que ele peça.
Tinan publicou um esclarecedor artigo no facebook, em que aponta o governador RC comandante de uma obra do mal. Também não poupou Cássio: “O panorama vem ficando sombrio e opaco de certo tempo para cá. As dúvidas crescem, e mesmo sem Ricardo ganhar nada, Cássio tateia e se perde aos poucos, numa sessão prolongada de desidratação que já compromete a sua musculatura.”
Eis o artigo na íntegra:
“É Ricardo Coutinho quem mantém essa chama viva. Ele é o inimigo comum de todos os líderes e seus liderados. São muitos – a maioria dos eleitores da Paraíba. Por causa dele Maranhão está vivo na memória do povo, Veneziano cresce, Luciano Cartaxo desponta, Agra surpreende sem ser político, Ricardo Marcelo converte-se em reserva técnica, Cícero se recupera dos Tsunamis e Cássio transita na multidão como um príncipe das realezas populares do Oriente.
Mas só Cássio não tem mais para onde crescer. Os outros têm, menos RC, que ainda pode ficar menor do que já é. Na grande obra do mal, ninguém cresce, a não ser se regenerando antes da perdição ou eliminando os focos de resistência à força. E, na Paraíba, os focos de resistência a RC são imensos e fortes, bem maiores do que o próprio RC.
Existe, contudo, um enigma que embaralha as coisas e lança cinzas sobre os fatos políticos na Paraíba. Há insegurança do povo com relação ao papel de Cássio na tentativa de salvação ou no linchamento final de RC e sua ejeção do trono de governador. O panorama vem ficando sombrio e opaco de certo tempo para cá. As dúvidas crescem, e mesmo sem Ricardo ganhar nada, Cássio tateia e se perde aos poucos, numa sessão prolongada de desidratação que já compromete a sua musculatura. É o preço das indecisões, da falta de clareza e das frustrações geradas no seio da população. Nos últimos meses, já há uma clara diluição do fenômeno Cássio, uma espécie de desesperança de seus eleitores, o que põe em risco seu futuro. Mas, para Veneziano e Zé Maranhão, este é o melhor instante. A vida é sinuosa mesmo. E o tempo pouco perdoa erros humanos.”