Ex-secretário avalia que Azevedo só terá chances se RC permanecer no Governo: “Poderá repetir as derrotas de 2012 e 2016”
Em novo comentário no Facebook, o ex-secretário Lúcio Flávio Vasconcelos alertou para o fato de que o pré-candidato João Azevedo só terá chances na disputa ao Governo do Estado, se o governador Ricardo Coutinho permanecer no Palácio da Redenção. Lúcio Flávio fala com a experiência de quem já integrou a equipe de RC e acompanhou a estratégia das últimas eleições do governador.
“caso queira que o secretário João Azevedo seja competitivo, Ricardo Coutinho terá que abandonar seu projeto de obter uma cadeira no Senado e manter o controle sobre os comissionados, políticos aliados e financiadores de campanha”, observa o ex-secretário.
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“As chances de João Azevedo
João Azevedo é o secretário que todo gestor gostaria de ter. Inteligente, competente, cordato, disciplinado, discreto e extremamente fiel.
Sua trajetória administrativa nas sucessivas gestões de Ricardo Coutinho (PSB), tanto na prefeitura de João Pessoa quanto no governo da Paraíba, revela obras e realizações importantes para o conjunto da população.
Sua capacidade de trabalho é inegável.
O desafio da sua candidatura ao governo consiste na profunda dependência das articulações e composições políticas feitas exclusivamente por Ricardo Coutinho.
Sua viabilidade eleitoral está subordinada aos movimentos e alianças que o atual governador vem fazendo. Ou deixando de fazer.
Sem o apoio do PSDB ou do MDB, forças importantes em todo estado, a candidatura de João Azevedo corre sério risco de tornar-se pouco competitiva.
Em 2010, o então candidato Ricardo Coutinho só penetrou no interior e ganhou a eleição porque contou com os apoios de Efraim Morais (DEM) e Cássio Cunha Lima (PSDB).
Em 2014, com 4 anos de gestão e poderoso exército de comissionados, RC perdeu no 1 turno e só foi reeleito em consequência das alianças com Luciano Cartaxo (PSD) e José Maranhão ( MDB). Sem eles, a derrota seria inevitável.
Em 2018, caso queira que o secretário João Azevedo seja competitivo, Ricardo Coutinho terá que abandonar seu projeto de obter uma cadeira no Senado e manter o controle sobre os comissionados, políticos aliados e financiadores de campanha.”
Do contrário, RC poderá repetir as derrotas de 2012 e 2016, quando os candidatos do PSB às prefeituras de João Pessoa e Campina Grande nem foram para o 2º turno.”