Ex-secretário de RC comenta sobre o “silêncio ensurdecedor” de Lígia: “A partir de abril começará a falar”
Ele tem autoridade para avaliar o Governo do Estado, porque já esteve atrás do balcão, conhece os personagens e foi testemunha de muitos fatos. Por isso, merece ser levado em consideração o comentário do ex-secretário e professos Lúcio Flávio Vasconcelos, em que aborda o “silencia ensurdecedor” da vice-governadora Lígia Feliciano.
O historiador lembra como, em 2014, Lígia terminou sendo uma espécie de tábua de salvação de Ricardo Coutinho, quando ninguém mais aceitou ser candidato a vice em sua chapa: “Lígia Feliciano foi o contrapeso necessário para enfrentar a força demolidora de Cássio Cunha Lima (PSDB). Sem ela, a derrota de RC era iminente.”
E observa: “Com certeza ela não é a candidata de Ricardo Coutinho. Foi útil para a reeleição em 2014. Agora não é mais. Ligia não detém a total e absoluta confiança e subordinação que o governador exige dos escolhidos para sucedê-lo.”
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“Silêncio ensurdecedor
Na política, o silêncio é mais eloquente do que as palavras. O gesto mais significativo do que os discursos.
Quem acompanha os bastidores do poder na Paraíba, tem percebido a postura discreta da vice-governadora Lígia Feliciano (PDT). Mas não imóvel.
Ela foi extremamente útil para a reeleição do governador Ricardo Coutinho (PSB) em 2014.
Quando muitos não acreditavam na viabilidade de RC ser reconduzido ao cargo maior do estado, Lígia Feliciano topou o desafio. Aceitou compor a chapa.
Nome forte em Campina Grande, onde atuava como médica, Lígia Feliciano foi o contrapeso necessário para enfrentar a força demolidora de Cássio Cunha Lima (PSDB). Sem ela, a derrota de RC era iminente.
Quando indagada sobre sua possível candidatura ao Palácio da Redenção em outubro de 2018, Lígia disfarça, tergiversiva, sai pela tangente.
Com certeza ela não é a candidata de Ricardo Coutinho. Foi útil para a reeleição em 2014. Agora não é mais.
Ligia não detém a total e absoluta confiança e subordinação que o governador exige dos escolhidos para sucedê-lo.
Caso se confirme a saída de RC do governo para candidatar-se ao senado, Lígia Feliciano assumirá definitivamente a condução do estado.
Ela já é um diferencial na política. Mulher, médica e sem nunca ter exercido nenhum mandato, é uma novidade que pode vir a sensibilizar o eleitorado paraibano, cansado de ver os mesmos de sempre se engalfinhando e se aliando, de acordo com as conveniências pessoais.
A partir de abril, caso ocupe o governo, Lígia Feliciano começará a falar.
E agir.”
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