Ex-secretário paraibano diz que médica cubana que pediu asilo “mentiu descaradamente”
Curioso e instigante artigo do ex-secretário Ademir Alves de Melo sobre a médica cubana, Dra. Ramona, que decidiu deixar o programa Mais Médicos e pedir asilo político ao Brasil. “A médica cubana do Caiado mentiu ontem descaradamente aos brasileiros”, sustenta Ademir, para quem a médica quer ir mesmo para os EUA.
“A dona Ramona pode querer ir morar em qualquer lugar do mundo, por nós, mas não venha de historinha mentirosa de que policiais brasileiros a estão perseguindo e nem de usar a instituições brasileiras como trampolins para os Estados Unidos, mentindo”, pontua Ademir. O artigo é polêmico e pode ser conferido na íntegra.
A médica afirmou à Imprensa ter sido enganada pelo governo cubano, já que recebe apenas US$ 400 pelo trabalho no Brasil apesar do acordo entre os dois governos prevê o pagamento de R$ 10 mil mensais por cada médico contratado no programa.
Segundo Ramona, o governo cubano lhe informou que outros US$ 600 serão depositados mensalmente em uma conta em Cuba, mas só poderá reclamá-los no final dos três anos do contrato.
A médica também denunciou à Câmara Federal que o governo cubano enganou ao prometer que poderia trazer temporariamente sua família ao país e disse que vivia melhor com US$ 200 mensais na Bolívia do que com US$ 400 no Brasil, que considerou muito caro.
Ramona Matos está refugiada no gabinete do deputado Ronaldo Caiado. O parlamentar já anunciou que ela poderá continuar por tempo indeterminado nos gabinetes do DEM na Câmara, onde nem a Polícia Federal brasileira nem as autoridades cubanas têm jurisdição.
Texto de Ademir: “Ainda não apareceu tudo, mais vai aparecer.
A médica cubana do Caiado mentiu ontem descaradamente aos brasileiros.
Não disse que tinha ido, assim que chegou a Brasília, pedir asilo nos Estados Unidos.
(Os Estados Unidos, ao contrário do Brasil, não pagam a Cuba por ter educado uma multidão de médicos de povão, o que falta na terra do Tio Sam. Eles estimulam a fuga de médicos cubanos, concedendo visto de imigração preferencial e usando uma organização chamada “Solidariedad sin fronteras, que paga uma bolsa de sete mil dólares para os que abandonarem o país e fizeram um cursinho para a revalidação do diploma. Mais barato que formar médico, não é?)
Mentiu também ao dizer que foi a Caiado porque estava sendo perseguida pela Polícia Federal brasileira. Estava – se é que estava – sendo procurada porque desaparecera.
Aliás, a história ainda está mal contada. Agora ela saiu cedo de Pacajá (7h) e foi a Marabá pegar um avião até Brasília.
Neste caso, só pode ter chegado a Brasília no final da tarde de um sábado e, a menos que já tivesse tudo combinado por alguém, não ia ter atendimento na missão diplomática, se é que teve.
A doutora não quer morar no Brasil, está na cara. Muito menos em Pacajá.
Ela quer ir para Miami.
Tem todo o direito de querer.
A dona Ramona pode querer ir morar em qualquer lugar do mundo, por nós, mas não venha de historinha mentirosa de que policiais brasileiros a estão perseguindo e nem de usar a instituições brasileiras como trampolins para os Estados Unidos, mentindo.
Ninguém a está perseguindo, e a sua situação não precisa de nada além de uma hipótese para ser entendida.
Se um brasileiro entrar na Imigração americana dizendo que assinou um contrato de trabalho que acha que paga pouco e por isso quer asilo nos EUA o que farão com ele? Convidam ele a sair ou o põe para fora direto, sem mais delongas?
Ainda vai aparecer mais coisa sobre as intenções da Dra. Ramona. Aguardem.
PS. Mais vergonhoso ainda foi o presidente do Conselho Federal de Medicina aplaudir essa manobra e dizer que ela deve mesmo se asilar em outro país. Então o problema não é sua qualidade médica, mas não fazer concorrência aos médicos brasileiros. Porque o salário de R$ 10 mil que brasileiros recebem no “Mais Médicos”, não é de fome, é?”