Fechamento de escolas deixa 87 mil sem aulas e coloca PB em 8º no ranking da falta de matrículas
Essa certamente foi uma das ações mais nefastas já cometidas no Estado contra a educação e os jovens que precisam de sala de aula para estudar. O fechamento de 233 escolas pelo governador Ricardo Coutinho trará prejuízos incalculáveis, e de longo prazo, para o Estado. É o que mostra recente relatório do Tribunal de Contas da União, divulgado há poucos dias.
Em 2016, por exemplo, a Paraíba vai figurar no ranking do ensino médio nacional como 8º Estado do País com o maior déficit de matrículas. A carência será de 1.066 vagas, abaixo apenas do Pará (10.668), de Alagoas (6.236), do Maranhão (5.975), de Pernambuco (1.952), do Ceará (1.704), da Bahia (1.563) e do Rio Grande do Sul (1.326).
Aliás, toda vez que se publica um ranking entre os Estados no País, em qualquer área, a Paraíba só tem figurado nas posições mais inglórias. Veja o caso da violência, em que figuramos como o Estado mais violento do País, com duas cidades entre as 50 mais violentas do mundo: João Pessoa (9º lugar) e Campina Grande (25º).
Agora, esse ranking do ensino médio. O fechamento das 233 escolas gerou um prejuízo enorme para a educação, já em 2012, um ano após. O mais recente relatório do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) revela que, no período entre 2012 e 1013, o número de matrículas na rede estadual caiu 25,34% na Paraíba. Foram mais de 87 mil jovens fora das salas de aulas.
No período de um ano, o número de matrículas da rede estadual caiu de 343.300 matrículas (2012) para 256.278 (2013), sem que tenha havido uma diminuição na população do Estado. E não há maior constatação do que essa de ver tantos jovens sem uma oportunidade de estudo. Jovens que, fora das salas de aulas, podem terminar se desviando para as drogas e a marginalidade.