FEZ QUE IA, VOLTOU E… Ex-governador começa admitir ficar no PSB após ser esnobado por PT e PDT
As últimas declarações do ex-governador Ricardo Coutinho, meu caro Paiakan, parecem indicar que ele pode permanecer no PSB, e se submeter (ou não) ao comando do deputado Gervásio Filho.
Em entrevistas recentes, o ex-governador sinalizou que os deputados estaduais do partido estão sendo motivados para a reeleição no âmbito da legenda. E tem se referindo a Estela Bezerra, Cida Ramos e Jeová Campos.
Aparentemente, “esqueceu” de outros nomes como Buba Germano e o próprio Gervásio, que cresceu dentro do partido, depois que o presidente nacional Carlos Siqueira confirmou seu comando no PSB estadual.
Nas últimas semanas, muitas informações de bastidores indicaram ofensiva de Ricardo Coutinho para se filiar e assumir o comando do PT e, de quebra, também a coordenação da campanha de Lula na Paraíba.
Mas, sua pretensão, aparentemente, surtiu efeito contrário. Dois dos principais líderes do partido, os deputados Frei Anastácio e Anísio Maia, rejeitaram sua pretensão e até reafirmaram alinhamento com o governador João Azevedo.
Então, pelo visto a presidente Gleisi Hoffmann, e o próprio Lula, entenderam não ser prudente criar zonas de desconforto dentro do partido, até porque preferem flertar com o apoio de Azevedo para 2022.
Já quanto ao PDT, a sua ofensiva não conseguiu sensibilizar a praça. Até porque, um político pragmático como o deputado Damião Feliciano tem relações mais estreitas com o presidente nacional Carlos Lupi e lembra que, diferente de Ricardo Coutinho, ele tem mandato. E voto no Congresso.
O momento, meu caro Paiakan, não ajuda muito o ex-governador que, além de não ter tido sucesso para assumir o PT e o PDT, ainda virou réu pela 9ª vez, em decorrência de ações penais resultantes da Operação Calvário.
Assim, o fato lembrar o falou aquele célebre jogador de futebol, quando indagado sobre uma jogada para enganar seu marcador: “Eu fiz que ia, voltei e terminei fondo!”