FINAL MELANCÓLICO Romero sai menor da novela de candidatura e compromete planos de disputar o Governo em 2026
Quando inciaram as especulações sobre a disputa eleitoral em Campina Grande, o deputado Romero Rodrigues (Podemos) figurava como talvez a maior liderança individual. Pelos menos, meu caro Paiakan, era o que atestavam todas as pesquisas realizadas na cidade.
Naquele momento, Romero tinha duas alternativas visando se credenciar para uma disputa ao Governo do Estado: ancorar a reeleição do prefeito Bruno Cunha Lima, como o general de sua campanha, como já fora há quatros anos, ou se lançar na disputa à Prefeitura.
Na primeira alternativa, com a reeleição de Bruno ele manteria a sua liderança, por, em tese, ser o seu mentor eleitoral. Seu cacife se manteria elevado e, com apoio de Bruno e outras lideranças que orbitam nas oposições, poderia chegar a 2026 com envergadura suficiente para a disputa.
Na segunda alternativa, sendo eleito prefeito, Romero seguiria os passos de Ronaldo e Cássio Cunha Lima, que deixaram a Prefeitura diretamente para o Governo do Estado. Seria mais do que natural, uma vez cumprindo três mandados como prefeito chegar a governador.
Romero flertou com as duas possibilidades e não escolheu nenhuma. Com isso, deixou crescer a liderança e a influência do senador Veneziano Vital do Rego junto a Bruno. De outro lado, ao dar esperanças para segmentos de oposição, perdeu a chance de reivindicar apoio do setor em 2026.
Sua tibieza deixou um saldo muito negativo. Mesmo apoiando Bruno, agora, não tem mais a confiança do seu grupo, por ter flertado demoradamente com a oposição. De outro lado, também perdeu a possibilidade de se articular com outros segmentos, que se sentiram traídos com as expectativas frustradas.
Resultado: Romero sai muito menor do que entrou nessa travessia.