Fisco paralisa atividades, lamenta falta de diálogo e diz que o Governo tem condições de atender reivindicações
Esta quarta-feira (dia 15) foi marcada pela primeira do que se espera seja uma série de paralisações do pessoal do Fisco. Conforme deliberação em recente assembleia da categoria, ficou decido que, a partir de agora, haverá uma paralisação num dia da semana (escolhido por sorteio), até que o governador Ricardo Coutinho se decida a dialogar com os auditores fiscais.
O governador tem se recusado a receber os representantes do Fisco, como de resto as demais categorias do funcionalismo, para debater questões salariais, alegando falta de caixa. Mas, segundo Manoel Isidro, presidente do Sindifisco, isso não procede: “Há condições de o Governo atender nossas propostas, e quanto a isto não temos qualquer dúvida.”
E arrematou: “Mostramos que as receitas próprias do Estado, graças ao trabalho competente da classe fiscal, cresceram substancialmente de 2010 a 2016 em mais de 95%, ou seja, quase que dobrou, enquanto as auditoras e os auditores, no mesmo período, acumulam defasagem de mais 40% em suas remunerações.”
A suspensão do atendimento aos contribuintes acontece das 8h às 18h, com a adesão dos fiscais de todos os setores de trabalho, nas cinco gerências de fiscalização do Estado.
Outras categorias do funcionalismo devem realizar, nos próximos dias, assembleias, também com o propósito de aderir ao movimento que foi iniciado pelo Sindifisco.
Falta de diálogo – Conforme Isidro, “auditoras e auditores sempre estiveram, e estão, abertos ao necessário diálogo para solucionar os impasses, posicionamento externado ao Governo do Estado por meio de ofícios solicitando audiência, porém sem nenhuma resposta da parte do Chefe do Executivo.
E arrematou: “Por isso, vamos implementar um forte movimento, não contra o governo ou o governador, mas em prol da categoria, de melhores condições de trabalho, em prol do reajuste da remuneração da categoria fiscal, que está com suas remunerações defasadas.”