O PSB acaba de perder o comando da Sudene para o PT. O ex-deputado Danilo Cabral (PSB) foi demitido, após pressão do senador Humberto Costa, do ministro Rui Costa (Casa Civil) e do governador Elmano Freitas (CE). O petistas levaram queixas ao presidente Lula, por conta da condução de Cabral nas obras da Transnordestina.
Danilo foi assessor de Eduardo Campos (PSB), de quem foi também secretário de Educação no primeiro mandato como governador, e depois secretário das Cidades e de Planejamento do Estado. Tinha apoio do prefeito João Campos (PSB-Recife), mas não foi suficiente para a sua manutenção no cargo.
Os coordenadores da bancada pernambucana no Congresso Nacional se colocaram contra o que chamaram de injustiça e afirmaram que a Sudene é patrimônio de todos os nordestinos. O novo superintendente da Sudene deverá Francisco Alexandre, segundo suplente da senadora Teresa Leitão (PT), e foi indicado por Humberto Costa.
Por meio de nota, Cabral revelou ter sido comunicado da exoneração e agradeceu pela confiança de Lula, ao ministro Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e à “valorosa equipe da Sudene pelo trabalho conjunto que realizamos”.
Transnordestina – Um dos motivos para a pressão, segundo o G1, seria um certa insistência de Cabral para a retomada da obra no trecho entre o Porto de Suape, no Grande Recife, e Salgueiro, no Sertão. Em abril, inclusive, a Sudene realizou um evento para discutir a execução da obra no estado, e discutiu soluções para os impasses atuais.
Um dos maiores entraves é a necessidade de desapropriações. O Governo Federal chegou a anunciar para o segundo semestre deste ano o recomeço da obra, orçada em R$ 3,5 bilhões.