Fórum denuncia ao MP escândalo de propina envolvendo quatro do Governo RC
A maioria dos paraibanos sequer tomou conhecimento, mas um escândalo de grandes proporções, com elementos policialescos, pode ter ocorrido na Paraíba, em 30 de junho de 2011. Durante a realização de uma blitz de rotina, os policiais mandaram um motorista parar para averiguações. De forma inesperada, ele tentou evadir-se, mas não conseguiu furar o cerco policial.
Dentro de um veículo Volkswagen Fox de placas DYE-5922, os policiais encontraram R$ 81 mil, em espécie. O dinheiro tinha sido sacado numa agência do Banco do Brasil, em Recife. Junto, os policiais encontraram um papel branco com as seguintes marcações: G – 28.000,00; L – 10.000,00; C – 39.000,00; Dra. Laura 4.000,00. Somando, totalizava precisamente… R$ 81 mil. Mera coincidência.
No curso das investigações, descobriu-se que “G” seria de Gilberto Carneiro (procurador geral do Estado, “L ” de Livânia Farias (secretária de Administração), “C” – Coriolano Coutinho (Irmão do governador) e Dra Laura (Farias) da Sudema. Mas, então, aconteceu algo inexplicável e paranormal: o inquérito que deveria ser remetido ao Ministério Público… sumiu.
Esse é o teor da denúncia que vazou nas redes sociais e foi protocolada, na manhã desta quinta (dia 25), pelo Fórum dos Servidores da Paraíba junto ao Ministério Público do Estado, pedindo uma apuração rigorosa dos fatos. Conforme adiantou Victor Hugo, presidente do Sindifisco, “os documentos são fortes e a denúncia é muito pesada, merece uma apuração criteriosa”.
Segundo Sanny Japiassu, presidente da Aspas (Associação dos Procuradores do Estado), “é uma denúncia muito grave, e o nosso maior estranhamento foi ver que o procurador geral do Estado estaria envolvido nesse esquema, então nós queremos que o Ministério Público proceda uma investigação rigorosa, porque a sociedade quer respostas para isso”.
Vários blogs e portais como Piancó News (blogdepianconews.blogspot.com.br/), Gustavo Ramos (http://www.gustavoramos.net.br/2014/09/documentos-apreendidos-em-blitz-revelam.html) e Ricardo Pereira (http://rpscom1.blogspot.com.br/2014/09/bomba-documentos-apreendidos-em-blitz.html), além do Polêmica Paraíba (http://www.polemicaparaiba.com.br/) e ParlamentoPB (www.parlamentopb.com.br) reproduziram e repercutiram a denúncia.
O que teria ocorrido? – Tão logo este caso chegou à Delegacia de Repreensão e Entorpecentes, vários outros delegados foram chamados para auxiliar nas investigação. Dada a gravidade do caso, oito delegados foram acionados: Aldrovilli Dantas , Allan Terruel, Daniela Vicunha, Dulcineia Costa, Jeferson Vieira, Marcos Lameirão, Marcos Vilela e Ramirez Pedro.
Após o depoimento, o secretário Cláudio Lima (Segurança) foi chamado à Delegacia. Segundo consta, o secretário foi ao governador Ricardo Coutinho. Então, ocorreu uma operação de guerra.
Origem dos recursos – Segundo foi apurado, os recursos eram oriundos de contratos intermediados pela empresa Bernardo Vidal & Associados conforme apurado pelo delegados. Mas, o assunto nunca foi divulgado.
O secretário-executivo José de Araújo Silvany (Segurança), em expediente interno, oficiou que se tratava de armação política e determinou a devolução do material que fora apreendido. E mais: apesar de constar que o inquérito seria enviado ao Ministério Público, sabe-se que f oi destruído. Porém, uma cópia sobreviveu e agora está nas redes sociais. E está anexo em http://mensalaopb.tumblr.com/.
Confira a cópia dos documentos entregues pelo Fórum, constando o inquérito policial e outras peças: