FRAUDE SOBRE VACINAS… PFcumpre 17 mandados, apreende celular de Bolsonaro e prende seu ex-ajudante de ordens
O Brasil testemunha, na manhã desta quarta (3/05), a repercussão da Operação Venire, que cumpriu 17 mandados de busca e apreensão, em Brasília e no Rio de Janeiro, em residência do ex-presidente Bolsonaro, inclusive com a prisão de seu ex-ajudante de ordem, tenente-coronel Mauro Cid.
A operação, segundo a Polícia Federal, investiga fraude em certificados de vacinação contra a covid, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, dentro do inquérito das chamadas milicias digitais. A suspeita é que cartões de vacinação tenham sido forjados.
Em entrevista à Imprensa, Bolsonaro negou as acusações e reiterou que não tomou as vacinas contra a Covid. Também confirmou ter entregue seu celular sem senha de bloqueio à PF. A investigação foi aberta no fim do governo Bolsonaro por iniciativa do ex-ministro Wagner Rosário (CGU), diante de suspeitas de manipulação do cartão de vacinação do ex-presidente.
Michelle – Michelle Bolsonaro disse à Imprensa que foi a única integrante da família que tomou a vacina. A declaração foi feita nas redes sociais horas após sua residência ser alvo de um mandado de busca e apreensão.
Adulteração – De acordo com a PF, as autoridades apuram se os cartões de vacinação do ex-presidente, familiares e ajudantes foram adulterados para permitir a entrada do grupo nos Estados Unidos, mas ainda “sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”.
Investigados – De acordo com a força tarefa, são investigados na operação o ex-presidente Jair Bolsonaro e a esposa Michelle Bolsonaro, o ex-ajudante de Ordens Mauro Barbosa Cid e sua esposa Gabriela Santiago Ribeiro Cid, o sargento Luis Marcos dos Reis, ex-integrante da equipe de Mauro Cid e os seguranças Max Guilherme Machado de Moura e Sergio Rocha Cordeiro.
E ainda o assessor especial Marcelo Costa Câmara, o sargento Eduardo Crespo Alves, o médico Farley Vinicius Alcântara e a enfermeira Camila Gonçalves Moraes Barros (da Prefeitura de Duque de Caxias),além do marido Ailton Gonçalves Moraes Barros (candidato a deputado estadual pelo PL-RJ), o secretário de governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha.
Bem como o deputado federal Gutemberg Reis de Oliveira (MDB-RJ), o ex-vereador Marcello Moraes Siciliano, a servidora Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, chefe da Divisão de Informática da Prefeitura de Duque de Caxias e o empresário de área de informática Marcelo Fernandes de Holanda.
Presos – Dos investigados, foram presos Mauro Cid, Max Guilherme, Sérgio Cordeiro, e João Carlos de Sousa Brecha.