Funcionários da Fundac paralisam e denunciam o caos: “Está faltando até papel higiênico”
Não é de hoje que os funcionários da Fundac (Fundação de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente) reclamam de problemas, como salários defasados, péssimas condições de trabalho e perseguições políticas. Então, agora, diante da recusa do governador Ricardo Coutinho em dialogar, a categoria decidiu paralisar as atividades.
Os funcionários realizaram um ato público de protesto, nesta quinta (dia 9), em frente à sede da Sintac, sindicato da categoria, que reúne mais de 400 servidores em todo o Estado. Segundo Lúcia Brandão, presidente do Sintac, “a socioeducação na Paraíba está pedindo socorro, e temos que fazer alguma coisa, pois do jeito que está não pode continuar”.
Lucia denunciou que as unidades “estão superlotadas, faltando até material higiênico para os adolescentes, que hora por outra tão se rebelando, colocando em risco a sua vida e dos trabalhadores, servidores desmotivados e inseguros, salários e outros banefícios congelados há dois anos e agora o pior, que foi a retirada dos vales alimentação, que serviam como complementação salarial.”
O Sintac já manteve várias audiências com o presidente Noaldo Belo de Meireles, que não garantiu solução imediata: “Diante da situação, a categoria em assembleia geral realizada em dezembro deliberou pela realização de um dia de protesto e de luta caso até esta data a Fundac não tivesse efetivado o pagamento de pelo menos o vale alimentação referente ao mês”.
Além dessa mobilização, que objetiva despertar a sensibilidade dos gestores e também da sociedade para uma categoria que enfrenta no seu dia a dia uma séria problemática, que é trabalhar com a efetivação do processo socioeducativo de adolescentes e jovens em conflito com a lei, “há outras previstas, até que haja uma solução”.