Gastança na Granja: RC diz que é factoide da Imprensa e da oposição
Impressiona essa fixação que o governador Ricardo Coutinho contraiu com a oposição. Em suas últimas aparições na mídia, o governador tem feito questão de afirmar que o escândalo da gastança da Granja Santana, denunciado pela mídia nacional, é “factoide criado pela oposição”.
Impressiona por que nosso ínclito, preclaro e insigne insiste em desconhecer que os dados geradores dessas reportagens na revista IstoÉ e a Folha de São Paulo (além de vários outros jornais em todo o País) foram produzidos a partir de uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado.
Impressiona que o governador direcione toda a sua indignação aos veículos de comunicação, como já fizera antes com jornalistas da Paraíba, e também contra o que ele chama de oposição, sem especificar nomes. Por que não direciona o TCE, cuja auditoria revelou toda a gastança?
Impressiona que, em vez de descarregar sua ira na Imprensa e não oposição, o governador não venha a público para dar as explicações que os paraibanos querem e tem o direito de saber, já que o dinheiro em questão é publico. Precisa explicar a gastança de 17 toneladas de carne, lagosta, camarão.
Impressiona que, até o momento, o governador não tenha explicado, de forma minimamente convincente, a compra de 460 latas de farinha láctea (em menos de trinta dias), sabonete líquido a preços a mais de R$ 144, papel higiênico a R$ 59,59 e outros compras que escandalizaram o País.
Impressiona que não assuma a gastança, quando até mesmo o seu secretário Lúcio Flávio (Casa Civil), ora em processo de fritura e linchamento moral, já admitiu ter ocorrido. Quem tem todo direito de estar indignado é o paraibano que paga a conta dessa gastança. Factoide é tentar esconder o que todos já sabem.