Gastança na Granja: sindicância do Governo RC sinaliza pra inocentar secretário
O extrato, publicado no Diário Oficial do Estado do dia 24 de agosto (sábado), não traz qualquer detalhe sobre o resultado da sindicância instaurada para apurar denúncia de gastança na Granja Santana, a partir de denúncia do Tribunal de Contas do Estado. Mas, até onde o Blog pode apurar, a sindicância sinaliza isentar o secretário Lúcio Flávio (Casa Civil).
No início do ano, a revista IstoÉ trouxe extensa reportagem sob o inquietante título: “A primeira-dama e o ‘maridão’ – A ex-modelo Pâmela Bório e o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, cultivam um estilo de vida extravagante. Mas quem paga a conta é o contribuinte”. Na reportagem, a revista trouxe detalhes das extravagâncias da primeira-dama, supostamente com recursos públicos.
Trouxe ainda o registro das calcinhas que a primeira-dama expôs na Internet (Instagram), se jactando como isto provoca seu “maridão”, sua bolsa Hermès, que ela alega ser apenas uma réplica pirata. Foram apenas alguns dos muitos ingrediente que a reportagem trouxe e que expôs o Estado perante todo o País. Mais em migre.me/cMg0c .
Mas, não apenas os sinais da ostentação. O relatório do TCE trazia a compra de 17 toneladas de lagosta, camarão, peixe nobres (como o melro, que se encontra em extinção) e carne de 1º. Trazia igualmente a compra e um berço para bebê, aquisição de 470 latas de farinha láctea, e até mesmo rolos de papel higiênico ao preço de R$ 59,90.
Depois da publicação, a primeira-dama, o governador Ricardo Coutinho e a secretária Estelizabel Bezerra (Comunicação) emitiram nota contestando a revista. Houve também intensa repercussão na Assembleia. Vários deputados cobraram uma imediata investigação do escândalo. E, logo depois, o Ministério Público decidiu entrar nas investigações.
O secretário Lúcio Flávio (casa Civil), acionado pelo Tribunal de Contas do Estado, decidiu instaurar uma sindicância para apurar o escândalo. Após vários adiamentos, eis que finalmente os trabalhos foram concluídos e remetidos ao TCE. Mas, até onde se pode apurar, o secretário deverá ser isentado de culpa nas compras pela sindicância.
O TCE deverá, a partir de agora, se debruçar sobre a sindicância e caberá ao conselheiro-relator Umberto Porto emitir seu parecer nos próximos dias, sobre as contas da Casa Civil no ano de 2011. O blog traz (acima) a tabela de gastos levantada pelos técnicos do TCE.