Gervásio convoca secretário para explicar volta de aftosa e isolamento do Estado
Caso se confirme a denúncia formulada, na tarde desta quinta (dia 14), pelo deputado Gervásio Filho, os produtores paraibanos não poderão mais, a partir dos próximos dias, comercializar gado com os demais Estados do País. Tudo por causa da febre aftosa.
Dados em poder do deputado indicam, preliminarmente, que a Paraíba saiu do chamado “risco intermediário”, em que ainda pode comercializar o gado bovino, para o “risco desconhecido”, em que fica com suas fronteiras interditadas, por causa do risco de contaminação.
O deputado, inclusive, está protocolando um requerimento, convocando o secretário Marenilson Batista (Agricultura) para debater o assunto na Assembleia: “É profundamente lamentável a situação em se encontra nossa pecuária, diante do avanço da aftosa no Estado.”
Segundo Gervásio, “já houve, anteriormente, uma situação similar, mas durante o Governo Zé Maranhão, a Paraíba recuperou sua situação de risco intermediário, liberando as fronteiras para a comercialização do gado, ainda que com o alerta de que precisava manter a vigilância”.
O deputado suspeita que, durante o Governo RC, houve um relaxamento na vigilância dos rebanhos, fazendo o Estado retroceder “e ficar praticamente isolado no País, pois os demais Estados estão com a aftosa sob controle, o que é lastimável para os nossos produtores rurais”.
No início do mês de maio, um agricultor de São José de Piranhas no Alto Sertão da Paraíba foi internado com suspeita de ter contraído a aftosa, que raramente transmite do gado para o ser humano. Ele foi receitado por um médico da cidade e encaminhado para tratamento em Cajazeiras.
A febre aftosa é uma doença grave que ataca bovinos, caprinos, ovinos, suínos e bubalinos. A contaminação se dá, normalmente, através do contato com animal doente, pelo ar, nas fezes, saliva e no leite. Pessoas que lidam com animais podem contrair a doença.