Governador demite irmão de Romero após exonerar parente de Cássio
Já foi uma surpresa a nomeação de Moacir Barbosa Veiga para a Aesa (Agência de Águas da Paraíba). Sua permanência no cargo, então, foi um prodígio. Não por falta de competência. Primeiro, por se lançar candidato a deputado federal, em confronto à postulação de Pedro (filho do senador Cássio) Cunha Lima. Depois, por suas recentes críticas à Cagepa.
Moacir, como se sabe, é irmão do prefeito Romero Rodrigues, que vem tendo uma relação, digamos, bipolar com o governador Ricardo Coutinho. Na campanha eleitoral, estiveram distantes. Um dia após a posse, RC foi a Campina dar o “maior apoio”. Mas, diante dos ruídos internos entre Romero e Cunha Lima, o governador aparentemente fez sua opção, demitindo Moacir.
Um dia após defenestrar Marco Túlio, concunhado do senador Cássio, Ricardo exonera Moacir. Dá uma no cravo, outra na ferradura. Marco Túlio, que vinha de uma longa gestão na Cagepa, era muito ligado a Cássio no passado. Recentemente, talvez nem tanto. Já Moacir vinha se transformando numa pedra no sapato. De Cássio e, após as críticas à Cagepa, também de Ricardo.
Bem se vê, com as últimas mudanças, que o governador está redesenhando sua equipe, preparando o time para a disputa da reeleição. Claramente está pondo em alguns espaços estratégicos personagens que, de um lado, ajudem a pavimentar seu projeto de reeleição, e, de outro, não traga turbulências. Para o lugar de Moacir vai João Vicente Machado Sobrinho, ironicamente ex-diretor da Cagepa.
O governador alegou que a demissão de Moacir foi a pedido.