Governador usa avião para fugir do protesto de moradores cobrando adutora prometida há 6 anos
Os moradores de Itaporanga, no Vale do Piancó, cumpriram com a ameaça feita na semana passada, interditaram um trecho da BR-261, nesta quinta-feira (dia 16), impedindo a passagem de uma comitiva do governador Ricardo Coutinho, que ia para Conceição. Alertado com o movimento, o governador decidiu ir de avião, mas integrantes da comitiva que foram de carro ficarem retidos.
No protesto, os moradores usaram pedações de árvores e pedras para frechar a estrada. Eles pretendiam cobrar do governador a conclusão de uma adutora, prometida desde o seu primeiro mandato. A cidade, como se sabe, está com colapso no abastecimento d’água e somente a adutora (que traz água do Açude de Nova Olinda) de engate rápido, poderá aliviar a situação de calamidade vivenciada pela população.
A Polícia Militar foi acionada para negociar a liberação da rodovia. Depois de saberem que o governador não iria passar mais pelo local, os manifestantes aceitaram retirar a barricada, mas permaneceram em vigília no local, a espera de solução. O protesto durou mais de três horas. Segundo a Cagepa, a obra já deveria ter sido entregue, e que o atraso teria sido motivado por um problema elétrico numa das bombas d’água.
Fugiu – Conforme o portal Folha do Vale, o governador deveria pousar em Itaporanga, de onde seguiria para Boa Ventura e Conceição, retornando depois para Itaporanga e encerrando a agenda em Igaracy. Ao saber do protesto, ele pousou na cidade e seguiu de carro primeiro para Igaracy.
“Na passagem por Itaporanga, para chegar às duas outras cidades agendadas, o governador precisou pegar uma estrada de terra, uma via secundária pelo sítio Barrocão, para chegar a Boa Ventura, conseguindo desviar da manifestação”, diz o portal.
De Boa Ventura, ele seguiu para Conceição e, de lá, para Cajazeiras, onde um avião já o aguardava para retornar a João Pessoa. “O governador fugiu, não teve coragem de encarar a população, e o objetivo era esse mesmo, impedir sua passagem por terra, onde ele já prometeu muitas vezes essa água, mas o povo continua sofrendo”, comentou um dos manifestantes.
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