CALVÁRIO DA PARAÍBA “Governo criou organização criminosa com dinheiro da saúde”, denuncia deputado no Congresso Nacional
O deputado Pedro Cunha Lima sintetizou bem o escândalo da Cruz Vermelha, em poucas palavras: governo criou uma organização criminosa com dinheiro da saúde. Traduziu muito bem, em discurso no Congresso Nacional, o que ocorreu com o dinheiro público, a partir da terceirização do Hospital de Trauma com a Cruz Vermelha gaúcha, e o ralo que se estabeleceu com o erário para financiar agentes públicos e campanhas eleitorais.
Ele traça ainda um paralelo das prioridades do governo, sob gestão Ricardo Coutinho, que, além de reduzir, vinha se recusando a repassar regularmente os recursos para a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais): “A propina de R$ 900 mil, entregue na caixa de vinho, é mais do que a Apae em João Pessoa recebe por ano do poder público.”
Escândalo – Leandro Nunes Azevedo revelou ao Ministério Público ter recebido , no hotel do Rio de Janeiro, caixa de dinheiro de Michele Cardozo, secretária particular de Daniel Gomes da Silva (chefe da organização criminosa), com R$ 900 mil. Usou parte do dinheiro para fornecedores da campanha de João Azevedo, em 2018.
Leandro revelou ainda ter comprado um celular um dia antes da “operação”, utilizado o aparelho para realizar as ligações estratégicas, e depois descartado numa lata de lixo, supostamente para não deixar pistas. Tudo em comum acordo com Livânia, o que mostra de fato a sofisticação da operação.
Imóvel – Revelou também que Livânia teria adquirido de um empresário conhecido como Waltão e com dinheiro da propina, um imóvel em Sousa, no valor de R$ 400 mil, pago em duas parcelas de R$ 200 mil, em dinheiro vivo. Livânia teria usado na operação Aparecida Estrela. E também confirmou que ele próprio adquiriu imóvel no condomínio Bosque de Intermares, usando o nome de sua mãe. Tudo pago com propina oriunda do contrato com a Cruz Vermelha.
CONFIRA TRECHOS DA DELAÇÃO DE LEANDRO…