“Governo não tem grana pro Festival de Areia, mas tem pra Zélia Duncan”, ironiza poeta
“(O Governo Ricardo Coutinho) Não tem grana pro Festival de Inverno de Areia nem pro Caminhos do Frio, mas tem pra Zélia (Duncan)”, que vem para a inauguração do Teatro A Pedra do Reino, anunciada pelo governador, com um investimento de… R$ 60 milhões. Foi o desabafo (no Facebook) do poeta Ed Porto, para quem um show de Zélia e Maria Juliana não sai por menos de R$ 30 mil.
O poeta indaga ainda: “Não seria mais socialista 10 teatros com 288 poltronas ou um pouco mais (ao custo de R$ 6 milhões cada um) em 10 cidades paraibanas?” O Teatro A Pedra do Reino terá 2.880 lugares, e está localizado nas instalações do Centro de Convenções Ronaldo Cunha Lima. A inauguração está prevista para o dia 5 de agosto.
Confira texto integral de Ed Porto, que tem como título Teatro Ostentação (em https://goo.gl/s5eKQ0):
“Sem cerimônia se anuncia a inauguração do Teatro A Pedra do Reino, no Centro de Convenções, 2.880 poltronas: “a maior casa de espetáculos do Brasil”. Esse negócio de “maior” me faz lembrar de Campina Grande (se cuida CG!). Sem remorso se anuncia que Zélia Duncan abrirá esta casa (um Casarão?).
Sem cerimônia me pergunto: Pra que tanto se o Teatro Santa Rosa, em João Pessoa, se encontra fechado há um tempão, para uma eterna reforma? Pra que tanto se o Teatro Íracles Pires, em Cajazeiras, se encontra fechado há um tempão, para uma inacabada reforma? Por que uma casa de 60 milhões de reais? Cadê o esse (de Socialista) da sigla PSB?
Não seria mais socialista 10 teatros com 288 poltronas ou um pouco mais (ao custo de 6 milhões cada um) em 10 cidades paraibanas (Taperoá: Teatro Ariano Suassuna, Itabaiana: Teatro Sivuca, Alagoa Grande: Teatro Jackson do Pandeiro, Monteiro: Pinto do Monteiro, Sapé: Teatro Augusto dos Anjos, Conceição do Piancó: Teatro Elba Ramalho, Itaporanga: Teatro Radegundis Feitosa, Pombal: Teatro Gilberto Lucena, Umbuzeiro: Teatro Luiz Carlos Vasconcelos e Patos: Teatro João Linhares)?
Talvez com essa grana toda (6 milhões por cidade) desse pra construir dez Centros Culturais englobando cinema, teatro, café, biblioteca, auditório etc.). Um parêntese: as cidades e os nomes são negociáveis. Mas não vale em cidade que já tem teatro. Catolé do Rocha tem? Podia ser Teatro Francisco César: em homenagem ao artista e não ao “gestor” 😉
Também sem remorso lhes pergunto: quanto custa o cachê de Zélia e Maria Juliana? Mais de R$ 30.000,00? (Alguém com tempo e paciência pra checar nos portais de “transparência”?) Não tem grana pro Festival de Inverno de Areia nem pro Caminhos do Frio, mas tem pra Zélia? Ôxe! Como assim meu?!
No reinado de RC é assim: “Se quiser é assim. E pronto”.
Só manda um recado pelo súdito fiel de plantão da SECULT de que não há grana pra eventos, de que a seca está braba, há crise econômica e outras baboseiras mais. Recado do tipo: “Seu Rei mandou disser que…”. Saca, mano? Mas, dane-se quem faz perguntas como estas (uns poucos loucos).
Sei não, acho que Zélia deveria cantar um funk ostentação: caberia melhor na abertura de “uma das maiores casas de espetáculos da América Latina”. O Imperador ficaria mais inflado. Tipo assim saca, doido?”
Mais sobre a inauguração do teatro em http://goo.gl/fr7T7Y.