Haddad não assumiu mas sua desenvoltura em João Pessoa foi de Plano B do PT para 2018
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Quem acompanhou a passagem Fernando Haddad por João Pessoa, desde ontem (quinta, dia 5), certamente se convenceu de que o ex-prefeito de São Paulo está palmilhando o País, para, na eventualidade de Lula não ser candidato a presidente em 2018, ele estar consolidado como o Plano B. Ficou evidente, apesar de todas as suas negativas.
Tanto durante sua palestra no Espaço Cultural, como em suas entrevistas à Imprensa, Haddad se comporta como personagem-candidato. Só não avança o sinal, porque a lógica do PT é manter acesa a chama em torno do ex-presidente Lula que, disparadamente, ainda é maior liderança popular do País. Mas, o partido sabe dos riscos que podem vir da Justiça de Curitiba.
Portanto, seguindo o figurino da estratégia petista, Haddad se apresenta eventualmente como pré-candidato ao Senado por São Paulo, onde, aliás, enfrenta dois problemas. O primeiro deles atende pelo nome de Eduardo Suplicy, que já oficializou ao PT seu desejo de voltar a disputar o Senado. O segundo, obviamente, é o desgaste de Haddad em São Paulo. Que não é pequeno.
Palestra – Em sua palestra, Haddad se reportou à sua gestão como ministro da Educação, enfatizando os elevados investimentos em escolas federais. Também falou, com relativo orgulho, de administração em São Paulo, destacando ações de mobilidade, especialmente as ciclovias que, paradoxalmente, é o motivo de sua maior rejeição em São Paulo.