HIPOCRISIA EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS Até quando, Ricardo Coutinho, abusarás da paciência dos paraibanos?
Existem poucas coisas que causam mais indignação do que um governante hipócrita e cara de pau. Há poucos dias, o ex Ricardo Coutinho emergiu do lamaçal girassoláico em que se encontra para, de forma oportunista e demagógica, atacar o governador João Azevedo (sua cria) e prefeitos, como Luciano Cartaxo e Romero Rodrigues, por conta de suas ações, segundo ele, questionáveis para combater o avanço do coronavírus na Paraíba.
É possível que as ações sejam até pouco eficazes, mas que autoridade tem esse sujeito para criticar ações na área de Saúde? Justo na área de Saúde? Como indagava o tribuno romano Cícero, referindo-se às críticas de Catilina*: “Até quando abusarás, Catilina, de nossa paciência?” Ou seja, até quando abusarás, Ricardo Coutinho, da paciência dos paraibanos, diante de todo o mal que você causou à Paraíba?
Toda a Paraíba sabe quem comandou uma das maiores organizações sociais de que se tem notícia no Estado. Está nas revelações de seus ex-assessores próximos, como Leandro Nunes Azevedo, Maria Laura Caldas, Livânia Farias e Ivan Burity. Está nos áudios de seu comparsa, o lobista Daniel Gomes da Silva. Está nas conversas que você travou com Daniel, um diálogo de gestão de propinas, até com pagamento de 13º e entradinhas gratuitas para shows…
Está no arsenal de provas obtido pelo Gaeco. Está nos despachos do desembargador Ricardo Vital. Está em qualquer conversa que reúna mais de duas pessoas na Paraíba. Que autoridade tem para falar ou criticar o ínclito, preclaro e insigne ex-governador que é apontado por todos os personagens citados como chefão que desviou, somente numa primeira estimativa do Gaeco, R$ 134,2 milhões em propinas, exatamente da … Saúde!
Como é demais pedir que tenha um mínimo de remorso, já que demonstra ser absolutamente inafetivo, que, pelo menos, deixe abusar a paciência dos paraibanos com sua catilinária hipócrita e cara de pau.
* Catilina era um senador demagogo, populista, com vocação para ditador, ansioso por apropriar-se do poder em Roma atacando adversários e dizendo-se honesto.