Hospital de Patos: CRM e Ministério Público Federal decidem acionar Governo na Justiça
O Ministério Público Federal e o Conselho Regional de Medicina decidiram, na manhã desta quarta (dia 24) acionar a Justiça para o Governo do Estado adotar medidas urgentes de regularização do Hospital Regional de Patos. A situação é caótica no hospital, que tem apresentado um dos maiores índices de morte hospitalar do País.
Há poucos dias, inclusive, o CRM chegou a interditar a UTI do hospital, por falta de médicos e várias outras irregularidades. O governador prometeu regularizar as pendências, mas, desde então, a situação só piorou, conforme atestou Igor Mascarenhas, assessor jurídico do CRM: “Se o Governo não cumpre o TAC, então tem que ser pela via judicial.”
Segundo o médico João Medeiros Filho, presidente do CRM, “é lamentável a posição do Governo do Estado, pois há dois anos buscamos soluções para o hospital e, neste período, já realizamos nove fiscalizações e denunciamos várias irregularidades, como superlotação, falta de médicos, infraestrutura precária. A situação é bastante grave e o índice de morte hospitalar também é preocupante”.
Na manhã desta quarta, houve uma reunião em Campina, envolvendo representantes do hospital, da Procuradoria-Geral do Estado, do CRM e do Ministério Público Federal, numa última tentativa de encontrar uma solução pacífica. Mas, na oportunidade, o representante da Procuradoria do Estado, Ricardo de Lucena se negou a assinar um novo TAC.
Há poucos dias, a crise no Hospital Regional virou caso de polícia. Equipes do SAMU foram obrigadas a procurar a delegacia de polícia, para prestar um boletim de ocorrência, por causa da falta de assistência aos pacientes levados ao hospital. Para não assumir o ônus da falta de socorro, a saída foi procurar a polícia para denunciar. O caso ganhou repercussão nacional.