Ilegalidade no terreno do Geisel pode anular permuta com Acadepol?
É difícil aquilatar a consequência prática da certidão emitida (a pedido do deputado Guilherme Almeida), nesta quarta (dia 2), pela Assembleia, negando autorização para o Governo do Estado permutar a área do Geisel (com a Acadepol), mas certamente vai dar o que falar. Ainda mais por que essa operação, desde o começo, vem marcada por suspeições de toda ordem.
Pior foi ter sido emitida, poucas horas depois do nosso ínclito, preclaro e insigne governador ter participado, ainda que timidamente, da inauguração do início das obras do Shopping Mangabeira. Sequer chegou a discursar. Dizem que recuou, ante a possibilidade de ser brindado com o apupo dos muitos descontentes com seu Governo.
Essa certidão veio para botar água no chope, ainda mais quando se soma ao processo que tramita no Tribunal de Contas do Estado, cujos pareceres iniciais são pela ilegalidade da permuta, sem a realização de uma licitação pública. E mais: nas estão sendo construídas na área os aparelhos policiais, que haviam sido anunciados pelo Governo RC.
Como se sabe, a sede da Acadepol vai ser construída em uma área às margens da PB-008 (Rodovia Abelardo Jurema). O próprio empresário Roberto Santiago já confirmou essa informação à mídia. Segundo a certidão, quando houve venda da área do Geisel para Futura Administração de Imóveis, não ocorreu autorização legislativa para alienação do imóvel.