O movimento tem um sentido muito mais simbólico, do que prático. Mas, o fato é a oposição apresentou, na manhã desta quinta-feira (07/08), requerimento com assinatura de 41 senadores pedindo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes (Supremo Tribunal Federal).
Da Paraíba, assinaram o documento o o senador Efraim Filho (União Brasil). Estão indecisos, segundo o portal VotosSenadores, Daniella Ribeiro (Progressistas) e Veneziano Vital do Rego (MDB). Ao todo, são 41 favoráveis ao impeachment, 21 indecisos e 19, que já anunciaram votar contra.
Dentre os indecisos constam ainda nomes como Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, e os senadores Romário (PL-RJ) e Mara Gabrilli (PSD-SP), que fazem oposição ao Governo Lula e podem aderir aos favoráveis, a depender do andamento das articulações.
Simbólico porque 41 significa a maioria da Casa, um recado importante do Parlamento. Mas, para ter aplicação prática, será preciso o presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) colocar em pauta, e ele já sinalizou que não deverá levar a plenário, mesmo com o desejo da maioria.
Segundo, para que haja, efetivamente, o impeachmento de Moraes será necessário o apoio de 54 senadores, ou dois terços da Casa, que tem 81 parlamentares. Placar que dificilmente será alcançado na atual legislatura.
Desobstrução – Com o alcance das 41 assinaturas, a oposição decidiu desobstruir os trabalhos do Senado, que estava parados, desde a prisão domiciliar do ex-presidente Bolsonaro.
Logo após, o líderes da oposição vão se concentrar em pressionar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para iniciar o processo de impeachment contra Moraes.
Caso o Alcolumbre aceite iniciar o processo de impeachment de Moraes, para que o impedimento ocorra de fato, são necessários, como já explicitados, votos de 54 senadores.