(IN)SEGURANÇA PÚBLICA Aspol denuncia abandono de delegacias da Paraíba: “Péssimas condições de trabalho”
Banheiros quebrados, portas e grades das celas enferrujadas e danificadas, obras não terminadas, falta de acessibilidade, além da ausência de extintores de incêndio. Esse foi o cenário descrito pela Aspol (Associação dos Policiais Civis da Paraíba), após percorrer várias delegacias de Polícia do Estado, nos últimos dois meses.
Em nota, Suana Melo, presidente da Aspol lamentou: “Queremos ouvir da gestão da Polícia Civil da o real motivo dessa desvalorização com a instituição, com o servidor e com a população. Imagine você trabalhar 24 horas e não ter banheiro, nem água para beber!” Ele denunciou, ainda, ausência da divisão acrílica de proteção contra o coronavírus.
A Aspol visitou delegacias nas cidades de Caaporã, Cajazeiras, Caraúbas, Conde, Cuitegi, Gurjão, Itapororoca, Juazeirinho, Mamanguape, Monteiro, Pilar, Pilões, Santa Rita e Sobrado.
Diante da situação constatada nesses municípios, a ASPOL encaminhou ofícios à Delegacia Geral e ao Secretário de Segurança do Estado e criou um banco de imagens que será encaminhado ao Ministério Público do Trabalho, para buscar reparo desse dano moral coletivo, além da responsabilização por tamanha omissão.
Sem diálogo – “Já tentamos várias vezes nos reunir com o governador João Azevedo, e não entendemos a dificuldade em dialogar para resolvermos juntos esses problemas. A falta de estrutura, a desvalorização salarial, onde amargarmos a triste estatística de recebermos o pior salário do País, é uma demonstração da omissão. A Aspol aguarda providências. Merecemos respeito”, completou Suana.