IRONIA NA CALVÁRIO Coriolano pede liberdade a ministro a quem tachou de “advogado de uma organização criminosa”
Não deixa de ser irônico que o habeas corpus protocolado pelos advogados de Coriolano Coutinho, solicitando sua soltura, venha a ser julgado pelo ministro Gilmar Mendes que, afinal, é o relator dos feitos da Operação Calvário junto ao Supremo Tribunal Federal. Não faz nem tanto tempo, em agosto de 2017, Coriolano chegou a tachar o ministro de “advogado de uma organização criminosa”.
Na oportunidade, Coriolano, não apenas detona o ministro, como ainda inicia uma campanha pelo seu impeachment, e posta: “Passar o Brasil a limpo, só acontece se a Justiça for para todos. O grande problema é quem vai limpar a corrupção do Judiciário? Ninguém com o mínimo discernimento acredita que esses juízes ou uma parcela significativa deles não come bola para se fazer de cego ou distorcer a Constituição e os fatos.”
Habeas Corpus – O pedido de Coriolano foi protocolado em 21 de dezembro, após seu retorno à prisão. Coutinho voltou a ser preso, após auditoria técnica revelar que ele teria violado, e por várias vezes, o uso da tornozeleira eletrônica que usa desde fevereiro deste ano. Coriolano recorreu à ministra Laurita Vez, relatora junto ao Superior Tribunal de Justiça, mas ela negou. Então, foi encaminhado recurso ao Supremo.
Postagem – A postagem de Coriolano, em 2017, quando ainda nem se falava em Operação Calvário, é detonadora. Diz: “(Gilmar) usa o cargo de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), quando de fato é advogado de uma organização criminosa.” E, pra não deixar qualquer dúvida, Coriolano ainda arremata sobre o ministro: “Vergonha para o Brasil.”