IVANDRO O legado do senador que poderia ter sido governador da Paraíba
O ano de 1988 foi capital para a biografia do ex-senador Ivandro Cunha Lima. Naquele ano, uma chapa iniciou o anúncio da chapa José Maranhão (governador), Ivandro (vice) e Ney Suassuna (senador). Mas, era uma formação instável.
Tanto que, em 21 de março, veio o desfecho, com o caso do Clube Campestre, quando o então senador Ronaldo Cunha Lima rompeu com Maranhão, e decretou o fim da chapa. Com a divisão interna, vieram as convenções de maio, renhidamente disputadas e que culminaram com a vitória de Maranhão.
Mas, obviamente, a chapa com Ivandro não pode mais ser remontada. Assim, o partido seguiu com Maranhão, Roberto Paulino e Ney. E venceu a disputa contra o então deputado Gilvan Freire. Era o fim das pretensões políticas eleitorais de Ivandro.
Desde então, Ivandro, apesar de seguir como um dos timoneiros do grupo Cunha Lima, não mais voltou às disputas eleitorais, ele que já havia sido deputado federal e senador. Neste sábado, Ivandro encerrou sua biografia, aos 92 anos. Poucos dias após perder seu filho Ivandro.
De conduta ilibada, Ivandro deixa uma biografia de honradez, o legado e um exemplo de como um homem público pode se conduzir, sem se imiscuir com a desonestidade tão frequente na classe política.