Janot pede investigação do Supremo contra Vital Filho por crime eleitoral
O ex-senador e ministro Vital Filho (TCU) voltou a enfrentar turbulências. Um dia após denúncia de Rennan Trajano Farias, ex-tesoureiro de Campina Grande, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) o prosseguimento de investigação contra Vital sobre denúncia de suposto crime eleitoral ocorrida na campanha de 2012. Mais em goo.gl/YRLQls.
De acordo com o inquérito da Polícia Federal, aberto ainda em 2012, Vital participou de uma reunião com 150 servidores da Prefeitura de Campina Grande, então comandada pelo deputado Veneziano, quando teria sido pedido o empenho dos servidores municipais na campanha de Tatiana Medeiros, “para que seus empregos fossem preservados”.
Segundo a Folha de São Paulo, na manifestação de Janot, protocolada no STF no último dia 10, a Polícia Federal deverá receber as explicações do ministro e do deputado por escrito. Janot dispensou a tomada dos depoimentos, ao contrário do que vem ocorrendo com outros parlamentares nos inquéritos abertos em desdobramento da Operação Lava Jato.
“Alguns depoimentos colhidos no inquérito policial confirmam, em certa medida, os fatos narrados na notícia-crime que deu origem à investigação”, escreveu Janot em sua manifestação ao ministro do STF relator do processo, Luís Barroso.
Inquérito – A investigação começou ainda durante a campanha de 2012, quando a Justiça Eleitoral recebeu email do funcionário público Josimar Reis de Mendonça, que também foi chamado à reunião mas se recusou a comparecer. Ele afirmou à PF que “a reunião tinha como objetivo pressionar os funcionários da prefeitura de Campina Grande, principalmente os terceirizados, a votarem na candidata Tatiana”.
Diz a Folha: “A Justiça conseguiu enviar ao evento dois oficiais de Justiça de propaganda eleitoral. A reunião ocorreu no comitê de campanha de Tatiana em 1º de agosto de 2012. Os fiscais confirmaram a presença do ministro do TCU, então senador pela Paraíba, e de seu irmão Veneziano. De acordo com os fiscais, as pessoas que chegavam à reunião assinavam uma lista de presença.”
Segundo os fiscais, urante a reunião Vital do Rego e seu irmão pediram aos servidores “que participassem da campanha da candidata” e que “contavam com o empenho dos mesmos”. No inquérito, a PF tomou o depoimento de servidores que participaram da reunião.
Vital – O ministro Vital afirmou à Folha que não tinha conhecimento sobre o inquérito nem “nunca” havia sido “instado a prestar quaisquer esclarecimentos relacionados” ao assunto. O ministro qualificou o trabalho do jornal de obter seus esclarecimentos como “‘cruzada’ jornalístico-investigativa”.
Mais um http://goo.gl/fScZD8.