HERANÇA GIRASSOL João cria comissão para apurar se há mau funcionamento de helicópteros de US$ 5 milhões adquiridos por RC
O dicionário diz que atecnia quer dizer “falta de técnica para desenvolver algo”, ou seja, “mau funcionamento”. Pois, o governador João Azevedo acaba de criar uma comissão especial exatamente para apurar as tais atecnias do helicóptero Acauã I, conhecido nos quartéis como “sucatóptero”, apelido que ganhou dos militares diante das seguidas quebras e falta constante de operacionalidade.
A comissão foi criada a partir de uma orientação do procurador Renovato Ferreira de Sousa Júnior, que emitiu despacho em que “recomendou à Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social a elaboração de parecer técnico fundamentado para examinar a ocorrência ou não de eventuais atecnias por parte da empresa Helifor Comércio e Serviços Aeronáuticos LTDA”.
Na portaria 02/2019, o governador pontua que a comissão deve “esclarecer a ocorrência ou não de atecnias, por parte da Helifor Comércio e Serviços Aeronáuticos LTDA. – ME, durante a prestação dos serviços de manutenção preventiva e corretiva, no helicóptero, modelo AS 350 B2, denominado Acauã 01, fabricado pela Airbus Helicopters, pertencente ao Governo do Estado da Paraíba, e que foram arguidas em recurso administrativo, interposto pela empresa B. G. & P. Táxi Aéreo E Serviços Aeronáuticos LTDA. – ME ( Chopper Solution)”.
A operação de aquisição de dois helicópteros custou aos cofres do Estado da Paraíba a quantia de US$ 5.143.684,36 (algo em torno de R$ 20 milhões), conforme extrato de licitação, mas o problema é que a aeronave já tem apresentado seguidos problemas. O primeiro aparelho (Acauã 01) foi entregue no início de 2018. O segundo (Acauã 02), no período eleitoral do ano passado.